Qualquer verdadeiro aficionado da relojoaria em Portugal já fez a sua peregrinação a Serpa para conhecer o Museu do Relógio localizado no edifício do Convento do Mosteirinho – não só para ficar a conhecer um dos poucos museus do género à escala mundial (e o único da Península Ibérica), mas também para beneficiar da visita para tirar o melhor partido da opípara gastronomia local e descobrir aquela parte do Alentejo. E desde dezembro de 2011 que o projeto se estendeu de Serpa para Évora, com a abertura de um pólo no espaço nobre do Palácio Barrocal, junto à famosa Praça do Giraldo.
Depois de já ter efetuado uma reportagem sobre a sede em Serpa há sensivelmente uma década, a equipa da Espiral do Tempo passou recentemente pelo pólo de Évora para conhecer o acervo de cerca de 500 relógios mecânicos e as respetivas Oficina de Restauro e Loja do Museu. A histórica cidade de Évora é Património da Humanidade (determinação da UNESCO, 1986) e a Fundação INATEL, que é a titular das instalações do Palácio Barrocal, na Rua de Serpa Pinto nº 6, tem-se mostrado uma parceira estratégica para a implementação de uma iniciativa que enriquece ainda mais a oferta cultural da cidade.
No total, o Museu do Relógio (Serpa & Évora) possui um espólio com cerca de 2.500 relógios mecânicos desde 1630 até aos dias de hoje. Arrancou em Serpa há mais de quatro décadas através de uma herança de três relógios de bolso avariados de António Tavares de Almeida, fundador e o principal dinamizador do museu.