Há crise na habitação mas não faltam casas de luxo e os estrangeiros ‘descobriram’ o nosso país mas não, não são eles que compram a maioria dos imóveis deste segmento. Números da RE/MAX Collection, imobiliária líder no segmento de luxo divulgados hoje, demonstram precisamente esta realidade: em 2022, a marca do grupo Remax intermediou 1.450 milhões de euros, relativos a 4.821 transações no segmento superior, 99,6% das quais de compra e venda de imóveis. Este foi o melhor ano de sempre da imobiliária, superando a atividade de 2021 – em volume de preços registou-se um crescimento de 9,3% e 0,4% no número de transações.
A marca transacionou imóveis “com clientes de 60 nacionalidades além-fronteiras, contudo manteve-se a preponderância dos portugueses como os principais clientes, representando 70,8% do total de transações somadas ao longo de todo o ano”, refere comunicado da empresa. A destacar o aumento do peso dos clientes de nacionalidades brasileira e norte-americana, que somaram um volume de transações de 5,4% e 3,7%, respetivamente. Os franceses surgem na 4ª posição (2,7%), seguindo-se os chineses (2,2% do total) e os angolanos (2,1%).
Casas grandes são as mais compradas
No que diz respeito ao peso por tipo de imóvel, os apartamentos continuam a representar mais de três quartos das transações do segmento (80,9%), uma leve descida inferior a um ponto percentual (0,3%) face a 2021.
Similarmente, os negócios com apartamentos constituem acima de dois terços do volume de negócios (68,4%). Por sua vez, as moradias mantiveram números similares ao ano passado, concretamente 28,7% no volume de negócios e 16,9% em transações.
Em relação à tipologia, os dados agora apresentados pela RE/MAX Collection revelam que foram os T3 aqueles que maiores índices de procura registaram de janeiro a dezembro, com um total de 53,3% imóveis movimentados. Esta tipologia ganhou relevo, tanto em apartamentos como moradias, quando comparado com anos anteriores.
Já as moradias viram a sua procura aumentar essencialmente nas tipologias mais elevadas, T4 e superiores, tanto em volume de negócios como em número de transações, tipologias essas que representaram cerca de 73,3% no conjunto total.