A pandemia e a possibilidade de se trabalhar em modo remoto estão a alterar a sazonalidade algarvia. Um bom exemplo vem da comunidade residente nos dois empreendimentos do Vilamoura World, o Central Vilamoura e o Uptown, que durante e pós-confinamentos passaram a acolher os proprietários das casas por estadias bem mais prolongadas.
Localizados a poucos minutos da praia, da marina, de campos de golfe, de courts de ténis e de uma vasta oferta de serviços, os condomínios criaram as condições ideais para suportar as restrições impostas pela pandemia, levando os residentes a estruturar as suas vidas de uma forma bem diferente.
“Não há dúvida que a pandemia alterou a forma como as pessoas passaram a olhar para as suas casas e também para as suas vidas. Passou-se para uma hibridização no uso que é dado às habitações que tem como tripé a casa residencial mas também com uma função importante de lazer e, de forma acentuada, também como local de trabalho”, realça Miguel Palmeiro, diretor comercial da empresa Vilamoura World.
Uma consciencialização que acabou por ser favorável ao ritmo de vendas deste tipo de projetos – neste momento o Central Vilamoura está vendido e 80% (restam apenas 8 moradias, com valores entre os €860 mil e 1,1 milhões de euros) e o Uptown em 90% (sobram três apartamentos com preços entre os 399 mil e os 460 mil euros).
Com cerca de 40 moradias no total, o Central Vilamoura localiza-se no último grande terreno na zona residencial e central de Vilamoura, trunfos que foram, aliás, destacados no próprio nome do projeto. Já o Uptown contempla 31 moradias e apartamentos e é um projeto concebido pelo arquiteto Jacques Ferrier que se inspirou na arquitetura tradicional Portuguesa.
No perfil dos compradores há um pouco de tudo “desde nacionais até franceses, brasileiros, suecos, ingleses e cidadãos do Médio Oriente”, diz o responsável. Por categoria etária, “a procura está mais concentrada entre os 40 e os 60 anos mas temos clientes mais jovens e mais velhos”, reforça ainda Miguel Palmeiro.
Com os portugueses a representarem a maioria dos proprietários, os condomínios ganharam vida durante a pandemia. “De facto, notámos alterações no comportamento das pessoas. No total de proprietários destas 80% de casas já vendidas , apenas 12% colocou as suas frações para arrendamento de curto e média duração”, sublinhou o responsável, especificando que cerca de 40% das pessoas que compraram uma moradia no Central Vilamoura estão aqui a residir há seis ou mais meses e 38% assumiram o conceito de staycation (férias passadas no seu próprio país). Para o responsável, o controlo da pandemia e a gradual imunidade da população não deverá alterar muito este novo ‘normal’.
“O regresso aos escritórios será feito de uma forma mista, parece que isso é comumente aceite como sendo aquilo que vai continuar a acontecer e portanto a necessidade das pessoas estarem mais perto do local de trabalho ou dos grandes centros urbanos deixa de existir. As pessoas vão optar por lugares onde garantem mais qualidade de vida”, remata Miguel Palmeiro.“