Quando os confinamentos empurraram as pessoas para dentro das suas casas, a família Soares rumou a Norte. Com residência fixa em Sintra e a possibilidade de teletrabalho em cima da mesa, Francisco e Manuela foram para o seu refúgio, uma casa construída estrategicamente num terreno altaneiro, em Marco de Canaveses, com uma incrível vista aberta sobre o rio que se alonga até à Ilha dos Amores (e mais além).
Um local paradisíaco onde o Plano Diretor Municipal não permitia uma construção em alvenaria (naquele sítio específico), o que foi determinante para a decisão da família de avançar com uma casa modular de madeira. “E ainda bem! Hoje, mesmo que fosse possível, já não queria uma casa em alvenaria. Só quem não conhece é que não percebe as vantagens da madeira. É mais ecológica, muito mais impercetível quando integrada no meio da Natureza e, em termos de habitabilidade, é extremamente confortável”, diz, convicto, Francisco Soares, 60 anos, técnico superior de saúde pública que, aqui, aproveita para recarregar energias entre as suas permanentes deslocações.
Que bem se está no campo
Os confinamentos impostos pela pandemia foram bem menos stressantes para Manuela e Francisco Soares, que desfrutaram em pleno da sua casa modular, junto ao Douro. Planeada para segunda habitação, a moradia foi feita à medida dos desejos do proprietário, que resolveu dar bom uso a um terreno que herdou. Integrada numa área de oito mil metros quadrados, a casa está rodeada de carvalhos, sobreiros e pinheiros e tem até uma horta biológica. “Não há como acordar de manhã e ir à horta buscar tudo aquilo de que preciso para o pequeno-almoço”, graceja Francisco Soares.