São 326 no total, estão espalhados por 91 países e o mais famoso ficou para sempre na história pela mais triste das razões. Os edifícios World Trade Center integram a maior plataforma de negócios do mundo, fundada há mais de 50 anos e agregam aproximadamente um milhão de empresas em todo o planeta. Portugal está mais perto de ter também o seu, um colosso onde poderão trabalhar cerca de 2.500 pessoas.
As obras do World Trade Center (WTC) português, situado em Carnaxide, no concelho de Oeiras, não pararam durante a pandemia e hoje realizou-se a primeira visita oficial com direito à presença do presidente da autarquia, Isaltino Morais. Com as obras já muito avançadas, aquele que é um dos mais avultados investimentos de sempre num espaço empresarial – 120 milhões de euros – segue a todo o vapor para que toda a área de escritórios esteja concluída até março de 2022.
Promovido pela Foz Vintage, empresa que construiu entre outros projetos o The Hotel 145 ou o Alagoa Office & Retail Center, o centro de negócios tem um total de 70.000 m2, distribuídos por escritórios (25.000 m2), hotel (com uma área de 4.000 m2 e 127 quartos) e comércio e serviços (4.000 m2 onde se incluem restauração e um ginásio).
Durante a visita, o presidente da câmara congratulou-se com um investimento que vem reforçar a marca Oeiras Valley, que pretende ser o Silicon Valley de Portugal. “Oeiras é muito mais do que Oeiras. E não é um pretensiosismo do município. Projetos como este têm um impacto extraordinário a nível nacional”, sublinhou Isaltino Morais, lembrando “que um território, no seu todo, se faz com qualificação” daí a importância em abolir fronteiras concelhias “e apostar num planeamento urbanístico comum até porque Oeiras é um prolongamento de Lisboa”.
A proximidade à capital e os acessos diretos via autoestrada A5 a escassos 10 minutos do Marquês de Pombal fazem, aliás, parte dos trunfos do centro de negócios cuja comercialização está a cargo das consultoras Worx e Cushman&Wakefield.
Outra mais-valia assenta na sustentabilidade do edifício, sublinhou o COO da Foz Vintage, Vasco Fonseca, referindo que todos os esforços estão a ser feitos para conseguir as certificações Leed Gold e Well Gold, confirmando precisamente que o ambiente e as pessoas estão em primeiro lugar.
Assim, e para além da orientação para a arquitetura sustentável do WTC (isolamento eficiente, fachadas ventiladas, boa gestão da luz natural, etc), num projeto do ateliê JQPV Arquitetos Associados, houve a preocupação em criar um ambiente que proporcione bem estar físico e emocional a quem lá vai trabalhar.
Foto DR
Ao já referenciado ginásio somam-se 10.000 m2 de espaços exteriores que incluem ciclovias, jardins e espaços verdes para a prática de exercício físico. O espaço estará ainda munido de estacionamento dedicado a veículos sustentáveis e carregadores elétricos e será o primeiro empreendimento de escritórios português a adotar uma política pet friendly, permitindo a circulação de animais de estimação no espaço.
A comercialização decorre a bom ritmo, garante Pedro Salema Garção, Head of Agency da consultora Worx, que tem a co-exclusividade juntamente com a Cushman.
“Neste momento temos cerca de 50% da área do lote 2 comprometida a várias empresas (cerca de 6.000m2) assim como o lote 3 e lote 4”, referiu o responsável da Worx, acrescentando que “o Lote 1, com cerca de 11.000 m2, está a ser comercializado com o objetivo de ter um único ocupante”. O preço do m2 situa-se nos 15 euros.
Quanto ao perfil das empresas que já fecharam os pré-contratos de arrendamento distribuem-se “entre internacionais e nacionais, em especial das áreas das Tecnologias de Informação, Alimentar e Farmacêutica”, especificou ainda Pedro Salema Garção.
A componente de escritórios deverá estar concluída durante o primeiro trimestre de 2022, a que se seguirá a construção do hotel cuja obra deverá estar terminada em 2024.