Com a crise económica a adensar-se e o final do prazo da maioria das moratórias a pouco mais de quatro meses, cresce a preocupação com milhares de famílias que recorreram a este mecanismo para gerir a sua perda de rendimento devido à pandemia.
Pelo Gabinete de Proteção Financeira da DECO, coordenado pela jurista Natália Nunes, passaram, só neste primeiro trimestre de 2021, sete mil pedidos de ajuda, uma média de 77 por dia. “Se nada for feito, vamos voltar ao cenário vivido na última crise económica, com as famílias em situação de desespero e a terem de entregar as suas casas ao banco”, alertou a responsável que esteve recentemente no Parlamento, para ser ouvida na comissão de Orçamento e Finanças, a propósito do projeto de lei do PCP sobre a extensão das moratórias.