O mega-projeto Innovation District, apresentado no início deste mês pela universidade Nova de Lisboa e que pretende criar uma nova centralidade académica, criativa e empresarial em Almada, já começa a tomar forma e a atrair cada vez mais investidores. Hoje a novidade veio da joint-venture Starburst Investments e Rio Capital, de capital brasileiro, que anunciaram a construção de uma residência de estudantes com 333 estúdios distribuídos por dois blocos de edifícios.
Desenhada pelo atelier Saraiva + Associados, a Wave Campus vai ser construída junto ao campus universitário da Escola de Ciência e Tecnologia de Nova “e surge para suprir a escassez de oferta da região, tendo em consideração uma população estudantil, que totaliza cerca de 15.000 pessoas (8.000 atuais e mais 7.000 quando o Innovation District estiver concluído), vindo assim colmatar uma lacuna no mercado de residências de estudantes na região”, refere-se no comunicado hoje divulgado pelos promotores e onde também se garante que as “rendas mensais ficarão abaixo dos 400€/mês”.
A Wave Campus será o primeiro grande passo da Starburst e Rio Capital nesta área e o primeiro empreendimento do Innovation District a arrancar fisicamente, com o início das obras previsto já para o verão deste ano e abertura ao público no 3ºtrimestre de 2023.
Recorde-se que no início deste mês, a Nova apresentou o projeto Innovation District que promete uma nova centralidade e a internacionalização da região da grande Lisboa e tem implícito um investimento de 800 milhões de euros.
“O principal ativo para triunfar na economia do conhecimento são as pessoas, o seu talento e as redes que estabelecem entre si. É esta a génese do Innovation District”, afirmou, na altura, José Ferreira Machado, vice-reitor da Universidade Nova de Lisboa, que disse acreditar na concretização da primeira fase do projeto num horizonte de dez anos, até 2030.
E, como as pessoas precisam de “sítios para viver e para interagir, lugares onde possam residir, trabalhar, conversar e usufruir dos seus tempos livres”, são necessárias “cidades como aquela que irá nascer em Almada e que irá reforçar a internacionalização da região da grande Lisboa”, acrescentou.
O vice-reitor da Universidade Nova de Lisboa adiantou ainda que alguns projetos, como as obras no campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia — edificação da parte desportiva, de uma superfície comercial e fase I do ‘hub’ de inovação – deverão começar ainda este ano, dado que parte dos financiamentos são comunitários e terão de ser concretizados até final de 2023.