A pandemia esmoreceu a comercialização de imóveis na capital mas mesmo assim, no ano passado, foram vendidos cerca de 24 imóveis por dia na Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Lisboa, que cobre praticamente todo o território da cidade (todas as freguesias da cidade, excluindo as do Parque das Nações, Lumiar e Santa Clara).
Dados do Confidencial Imobiliário apontam para a comercialização de 8.706 imóveis em 2020, um investimento imobiliário de €3.744 milhões, numa média por transação de €431.400. “Esta atividade representou uma quebra de 30% em montante investido e de 21% em número de imóveis face a 2019, enquanto o ticket médio por operação recuou 12%”, refere-se no relatório da Confidencial Imobiliário que abrange transações de todo o tipo de imóveis (desde prédios a frações), incluindo os diversos segmentos (desde residencial a comercial, serviços ou terrenos).
Em 2019 foram investidos €5.320 milhões na aquisição de 10.958 imóveis na ARU de Lisboa, traduzindo um investimento médio de €487.700 por operação.
A pressão fez-se sentir não só em relação a 2019, como aos anos anteriores, aponta-se ainda. “Olhando para os últimos cinco anos (desde 2016), o montante de investimento agora registado apenas supera o de 2016, quando foram contabilizados €3.323 milhões. Em número de imóveis 2020 é mesmo o ano menos dinâmico do período em análise”, reforça-se.
A freguesia de Santo António foi o principal destino do investimento em 2020 (€522 milhões), seguida pelas Avenidas Novas (€400 milhões), Arroios (€356 milhões), Santa Maria Maior (€340 milhões), Estrela (€307 milhões) e Misericórdia (€235 milhões). Nas restantes freguesias, o investimento ficou abaixo dos €180 milhões, num mínimo de €29 milhões. A nota no geral das freguesias em 2020 foi de queda face a 2019.