A “nova normalidade” imposta pela Covid-19 está a mudar a procura dos imóveis integrados na plataforma Airbnb. Uma das tendências alicerçadas na ‘novidade’ de se poder trabalhar em qualquer lugar é a vontade de prolongar as estadias, juntando assim o útil ao agradável – trabalhar num local aprazível onde se possa fazer também turismo.
Uma tendência que vem complementada com uma outra e que é fundamental para quem tem animais de estimação – a necessidade de encontrar espaços que acolham os nossos amigos de quatro patas.
“A Airbnb tornou-se numa opção a considerar para aqueles que têm a oportunidade de trabalhar a partir de qualquer lugar. Este tipo de viajante procura alojamento por períodos um pouco mais prolongados (semanas ou estadias longas, acima das quatro semanas) e exige mais características. Sem dúvida, uma das mais notáveis é que os animais de estimação sejam permitidos: as pesquisas que incluem o filtro “permitir animais de estimação” cresceram 90% no último ano”, refere-se em comunicado a plataforma que oferece mais de 7 milhões de alojamentos em 220 países de todo o mundo.
Outra tendência deste outono “é a espontaneidade e a flexibilidade”, diz o relatório do Airbnb, lembrando a imprevisibilidade da pandemia que acaba, por vezes, por ‘boicotar’ planos de férias a longo prazo. “Globalmente, o tempo médio entre uma reserva e uma estadia diminuiu em dez dias em comparação com o ano passado. Em Portugal, este intervalo de tempo foi reduzido para metade, destacando uma grande mudança de atitude aquando da reserva, talvez causada pelas condições da evolução da pandemia e pelo aumento das viagens de curta distância”, pode ler-se no documento.
Os viajantes continuam também a dar prioridade às viagens de proximidade, por estrada e em automóvel privado. Neste contexto, as viagens domésticas ainda representam a maioria das reservas da Airbnb em todo o mundo, e mais de metade das reservas feitas em agosto (para setembro e outubro) a nível global estão num raio de 500 quilómetros de casa.
Outra curiosidade que marca as tendências do Airbnb é a singularidade dos lugares. “Globalmente, os alojamentos classificados como ‘refúgios para pastor’ ou ‘cabanas’ foram os que mais cresceram nas listas de desejos dos viajantes, duplicando em comparação com o ano passado. Outros alojamentos mostraram um crescimento semelhante: celeiros (mais de 60%), cabanas (mais de 40%), casas de campo (mais de 30%)”, descreve-se no relatório. Dos 20 alojamentos mais desejados internacionalmente em agosto, cinco são casas na árvore, três são mini-casas e duas são casas-dome ( com cúpulas geodésicas), além de abrigos, cabanas, casas de campo e até casas-gruta.