É uma das maiores empresas de gestão de projetos do pais com obras emblemáticas no seu portfólio como o Pavilhão de Portugal, o centro comercial Vasco da Gama ou mais recentemente o Porto Office Park, que se encontra em fase de conclusão, na zona da Boavista, no Porto (na foto de abertura).
A Engexpor é uma das empresas da área da construção que nunca parou, apesar da pandemia e desde o desconfinamento intensificaram-se as obras em vários dos projetos que estão sob a sua gestão.
No Porto Office Park (POP), promovido pelo grupo Violas Ferreira e com execução das obras a cargo da Mota-Engil, agilizam-se os últimos pormenores. À gestão de projeto que esteve a cargo da Engexpor ao longo dos últimos 25 meses, somam-se agora as obras de fit-out necessárias à instalação dos inquilinos, encontrando-se já em curso trabalhos em vários pisos.
“O segmento dos escritórios é bastante importante para nós e só entre o POP, no Porto, o empreendimento EXEO Office Campus, da Avenue, no Parque das Nações, a sede da Ageas, promovido pelo grupo Martinhal e o edifício Monumental (da Merlin Properties) também em Lisboa, serão mais de 100 mil metros quadrados de área acima do solo de escritórios”, especifica Miguel Alegria, CEO da Engexpor, enumerando algumas das obras do portfólio da empresa.
A Engexpor tem assegurada a gestão e fiscalização de vários projetos de construção nova não só em escritórios mas também nas áreas da hotelaria, onde se incluem, por exemplo “o Ombria Resort ou o futuro Hotel Meliá, na Fontes Pereira de Melo” e na área da Saúde, de onde se destaca o Hospital CUF Tejo, que está a nascer na zona de Alcântara e cuja obra já vai bastante adiantada.
“Normalmente os promotores vêm ter connosco quando já têm o terreno ou caso ainda não o tenham adquirido, necessitam de uma auditoria técnica. Depois fazemos toda a coordenação dos projetos, incluindo a contratação das equipas e dos empreiteiros”, explicou o responsável, acrescentando que a área de atuação da empresa também se estende à reabilitação que vai voltar a mexer neste pós-pandemia.
Unidade industrial da Atepeli, em Penafiel
A área industrial é também um segmento importante e a empresa está a a acompanhar a construção de fábricas em várias zonas a norte, como Estarreja, Lousada e Penafiel. Foi precisamente em Penafiel que ficou concluída no mês passado a nova unidade industrial da Atepeli, a multinacional francesa que fabrica componentes de malas, carteiras e porta-cartões para marcas de luxo.
A unidade de produção, que recebeu o nome de Atelier Agile, está localizada na zona do antigo hipódromo, em Santa Marta, num terreno com 6,5 hectares. Tem uma área bruta de construção de 7.650 m² e um pé direito de 6 metros, num projeto que assume preocupações sociais e de sustentabilidade, nomeadamente em termos da eficiência energética e ambiental.
Mercado externo pesa 60%
Com 35 anos de existência, a empresa tem desenvolvido a sua atividade não só em Portugal, que pesa 40% na sua faturação, mas também no Brasil (30%), Angola (20%) e em vários outros paises, onde se inclui Moçambique, por exemplo.
“O Brasil é um dos principais mercados para a Engexpor onde temos projetos com grande escala, desde o aeroporto de Salvador da Bahia, passando por parques eólicos até centros comerciais”, referiu Miguel Alegria.
Há cerca de uma dezena de anos que a Engexpor está presente neste país, uma aposta que se iniciou durante a crise anterior que afetou de forma significativa o mercado nacional.
A remodelação e ampliação do Aeroporto de Salvador da Bahia é um dos projetos bandeira da empresa de engenharia no Brasil, mas somam-se outros como é o caso da revitalização do Shopping Metrópole, da Sonae Sierra Brasil, localizado em São Bernardo do Campo, em São Paulo, um dos principais centros comerciais da área metropolitana de São Paulo, a renovação e ampliação do Club Med, em Porto Seguro, no sul do estado da Bahia ou os parques eólicos de Cristalândia e do Morro do Chapéu.