A primeira fase para o projeto da Herdade da Comporta, antiga jóia da coroa da família Espírito Santo, já está em marcha. Pouco mais de cinco anos após o colapso do grupo, os novos proprietários a Vanguard Properties (88%) e a Amorim Luxury (12%) avançam para a construção das Terras da Comporta, como foi rebatizado o projeto.
As empresas selecionaram a Tecnoplano – Engenharia e Gestão, para assessorar na fiscalização, acompanhamento das obras e processos de seleção de empreiteiros no empreendimento Terras da Comporta (que engloba os projetos Comporta Dunes e o Comporta Links).
“A Tecnoplano iniciou as visitas a ambas as localizações e prepara o lançamento, na 1ª semana de junho, dos dois concursos de empreitada . As obras relativas à conclusão das infraestruturas gerais dos dois empreendimentos e do edifício de manutenção do golfe do Dunes terão início no princípio de setembro e representam um investimento total de 30 milhões de euros”, anunciou hoje a empresa em comunicado.
As Terras da Comporta abrangem 1.380 hectares de área total onde serão criados cinco hotéis, três hotéis-apartamento, dois campos de golfe, 11 aldeamentos turísticos e loteamentos residenciais onde serão construídas até mil casas.
Um plano ambicioso que a pandemia não alterou, bem pelo contrário, tendo em conta a boa gestão da crise sanitária que está a ser conseguida pelo Governo português e o estatuto que a região da Comporta já granjeava além-fronteiras.
A Forbes chamou-lhe a Hamptons da Europa, figuras de renome internacional como o designer Christian Louboutin e o artista plástico Anselm Kiefer instalaram lá os seus estúdios e estrelas como Madonna e Shakira tornaram este o seu local de eleição para passar férias.
A Comporta conquistou o patamar mais elevado do luxo e Claude Berda – um dos homens mais ricos de França e o maior investidor privado em Portugal – sabe-o bem daí não ter desistido até fechar através da sua empresa Vanguard Properties, aquele que foi o negócio do ano passado na área residencial, escriturado em novembro por cerca de 158 milhões de euros.
A planificação do projeto prevê a conclusão do primeiro hotel dentro de 36 meses (o da Amorim Luxury, o JNSQ Comporta) e as primeiras casas para venda promovidas pela Vanguard dentro de quatro anos com uma densidade construtiva, a rondar os 60 hectares (cerca de 4% do total), respeitando o compromisso das empresas com a sustentabilidade ambiental dos projetos.