É em Castelo Branco, Beja e Guarda que se situam as casas mais baratas à venda no país, enquanto que em Lisboa, Faro e Madeira estão as mais caras. No arrendamento, repete-se, em parte, esta tendência com a Guarda, Portalegre e Beja a oferecerem os melhores preços do mercado e Lisboa, Porto e Madeira, os mais proibitivos.
Um estudo elaborado pela Imovirtual, uma das plataformas com maior fluxo de anúncios de casas a nível nacional, traçou um mapa dos locais do país com os preços médios mais altos e mais baixos (moradias e apartamentos) tendo por base o que foi anunciado no 2º semestre de 2019, sendo ainda feita a comparação com o mesmo período de 2018.
Assim, o Top 5 dos distritos onde se consegue comprar as casas mais em conta é liderado por Castelo Branco (na categoria de venda de apartamentos e moradias) com um preço médio anunciado de 118.827 euros, um valor que cresceu 8% em comparação ao período homólogo de 2018. Segue-se Beja, Guarda e Portalegre respetivamente com €125.162, €135. 113 e €144.696, valores que representam um decréscimo em relação ao ano anterior (-4%, -3% e -1%, respetivamente). Já Santarém, a fechar o top, sofreu um aumento do preço médio, em +4% ao chegar aos 151.095€.
No ranking oposto, o das casas mais caras à venda, Lisboa surge sem surpresas a liderar com o preço médio de 520.645€, um acréscimo de mais 8% em relação a 2018. “Este valor médio anunciado de imóveis para comprar imóvel é 50% superior ao preço médio de Setúbal (263 164€), distrito que fecha o top 5 dos mais caros”, refere-se no estudo da Imovirtual.
Na segunda posição surge Faro com 429.573€ (mais 3% em relação a 2018), seguindo-se a Madeira com 310.849€ (mais 5%) e o Porto na 4ª posição com 287.489€ (e o maior crescimento de preços – mais 10%).
Aveiro, apesar de estar fora do top5 foi o distrito com o maior crescimento de preço médio anunciado – cresceu 14%, passando de 179 490€ para 203 920€.
Rendas a descer em todo o lado
Para quem não pode ou não quer comprar casa e opta pelo arrendamento, a boa notícia é que há mais imóveis no mercado a julgar pelo universo Imovirtual onde o número de anúncios de arrendamento cresceu 73% em comparação com o ano passado. Outra boa notícia é que a tendência em quase todos os distritos analisados é para uma diminuição dos valores médios praticados.
No ranking dos distritos mais baratos para arrendar casa surge a Guarda com 313€ (-23% que em 2018), seguido de Portalegre com 348€ (-9%) e Beja a fixar-se nos 424€ (-23%). A fechar o top5 está ainda Castelo Branco com 426€ (+ 11%) e Bragança nos 456€ (-3%).
No top dos distritos com as rendas mais caras volta a surgir Lisboa com 1 532€ (ainda assim com uma redução de 10% em relação a 2018). Este valor médio é 49% superior ao preço médio de Faro (782€), que ocupa a 5ª posição. Pelo meio está o Porto com 1.104€ (-3%), Madeira (890€ e -15%) e Setúbal (836€ e -9%).
“Estes dados mostram que Faro e Madeira são os distritos que refletem um decréscimo de preço médio anunciado mais acentuado. E que apenas Porto e Lisboa apresentam um valor de preço médio anunciado no segmento de arrendamento superior a 1000€”, aponta-se no estudo.
Refere-se ainda que, feitas as contas, em Portugal, o preço médio anunciado de venda passou de 299.140€ no 2º semestre de 2018 para 325.491€ no mesmo período de 2019. Já o preço médio anunciado de arrendamento passou de 1283€ para 1164€.