Levou mais de duas décadas a sair do papel por burocracias várias que emperraram o processo mas o Ombria resort, em Loulé, começa agora a descolar. A construção do projeto do grupo finlandês Pontos, já arrancou e as primeiras casas – as Viceroy Residences da primeira unidade da marca americana Viceroy Hotels & Resorts em Portugal e na Europa – desta fase deverão estar concluídas em 2022.
São 65 apartamentos de tipologias T1 e T2 integrados no hotel Viceroy at Ombria Resort, que inclui ainda 76 quartos e suites de luxo, 6 restaurantes, piscinas, spa, ginásio, kids club e observatório astronómico. Uma obra que está a ser edificada pela construtora Gabriel Couto S.A, e com gestão de projeto da Engexpor.
Localizado entre as freguesias de Tôr e Querença, a 17 km de Loulé, o resort com projeto de arquitetura da Promontório e da WATG, vai abranger 153 hectares de terreno, no meio de uma paisagem natural de colinas verdes.
O Ombria , que na sua totalidade implica um investimento de €260 milhões, vai avançar já com €100 milhões para a primeira fase que irá contemplar um aldeamento turístico composto de um hotel de 5 estrelas, cerca de 80 casas, campo de golfe com 18 buracos e clube de golfe. As casas, onde se incluem as 65 residências turísticas, cuja construção agora arrancou, vão ter áreas entre os 70 e os 173 metros quadrados e cada apartamento terá uma cozinha equipada, sala, quartos, casas de banho e varandas. Algumas destas casas terão também um jardim privado, uma piscina ou um jacuzzi.
Mais árvores
Antes mesmo do início da construção das Viceroy Residences, foi aberto um período de pré-vendas em alguns mercados-alvo selecionados e através de ações de divulgação dirigidas a potenciais clientes que procuram residências exclusivas, assinadas e geridas por uma marca hoteleira de luxo.
“As pré-vendas das Viceroy Residences começaram no início deste ano e com o lançamento oficial iminente vimos crescer o interesse. Reconhecemos que há uma grande procura por novas propriedades de luxo no Algarve, nomeadamente pelas branded residences, sobretudo entre cidadãos globais, com muita mobilidade, elevado poder de compra, mas com pouco tempo disponível. Estas pessoas procuram um produto de grande qualidade e o facto destas propriedades terem uma marca de luxo associada, que assegura todos os aspetos da gestão de propriedade e dos arrendamentos quando não estão em uso pelo proprietário ainda as torna investimentos mais interessantes”, referiu João Richard Costa, diretor de Marketing do Ombria Resort, acrescentando que estes apartamentos oferecem aos proprietários um retorno garantido líquido de 5% ao ano nos primeiros 5 anos e um total acesso às instalações e serviços do hotel, incluindo concierge e gestão da propriedade.
A questão da sustentabilidade construtiva, incontornável nos dias de hoje, tem também feito parte da estratégia da empresa que já dinamizou algumas iniciativas.
Recentemente, um grupo de alunos da pré-primária e do 1º ciclo da escola de Querença participaram numa ação ambiental no empreendimento que implicou a plantação de árvores da floresta autóctone.
Uma das principais preocupações no desenvolvimento do projeto do Ombria Resort é a preservação das espécies autóctones presentes na propriedade, de que se destacam espécies como a azinheira e o sobreiro, mas também o Tomilho Cabeçudo (Thymus Lotoceplalus) e o Jacinto Azul do Barrocal (Bellevalia hackelii). Estas espécies têm vindo a ser criadas num viveiro de plantas autóctones que se encontra integrado no resort, e plantadas na propriedade. Até ao final do desenvolvimento do projeto prevê-se a plantação de cerca de 2.000 azinheiras – 800 das quais já foram plantadas – e de alguns milhares de espécies de plantas protegidas.
O grupo Pontos, do empresário Ilpo Kokkila, apresenta-se como um investidor de médio e longo prazo, com um portefólio de ativos já edificados avaliados em €300 milhões, entre centros comerciais, hotéis e residencial não só na Finlândia, mas em países com a Estónia ou a Lituânia.