Frio e chuva assolam o Continente mas no Funchal, com uns soalheiros 24 graus, são muitos a aproveitar o dia em mangas de camisa. Este microclima associado à beleza da ilha da Madeira são fatores imbatíveis para combater a sazonalidade turística e, consequentemente, também para atrair muitos a investir em imobiliário. No mais recente empreendimento da Socicorreia, um dos grandes promotores imobiliários da ilha, o peso de estrangeiros e muitos emigrantes absorve mais de 60% do novo projeto Edifício Século XXI, 13, com 42 apartamentos, 90% dos quais já vendidos num ápice.
Foi com pompa e circunstância na presença do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, do presidente da câmara Municipal do Funchal, Miguel Gouveia e de um ex-presidente, que continua a ser uma figura incontornável na ilha, Alberto João Jardim, que a primeira fase deste condomínio fechado no centro do Funchal foi inaugurada.
Uma circunstância ditada desde logo pelo valor de investimento, cerca de 26 milhões de euros para este projeto que uma vez completamente concluído ficará com três edifícios e um total de uma centena de apartamentos (servidos de uma área de 3000 m2 com piscina, ginásio, parque infantil, solário, etc).
“A nossa marca começou na Madeira em 2006 porque esta região soube sempre acarinhar o investimento privado. Há, sem dúvida, um ambiente favorável para o investimento e para quem quer contribuir para o aumento da riqueza”, sublinhou, no seu discurso de inauguração realizado na passada sexta-feira, Custódio Correia, CEO do Grupo Socicorreia (que agrega 10 empresas).
O empresário do Norte, com projetos em Braga, Lisboa e Açores, começou na ilha há 23 anos a fazer obra pública mas foi na obra privada que consolidou o estatuto que hoje já tem na Madeira.
“Eu vim para cá em 1996 para fazer obra pública e assim estive durante uma década. Mas em 2006, o mercado entrou em quebra e resolvi então apostar aqui na promoção imobiliária porque modéstia à parte achei que tínhamos muito para surpreender”, disse o empresário à Visão Imobiliário, no final da cerimónia, lembrando que a Socicorreia construiu durante estas mais de duas décadas cerca de 20 edifícios na ilha.
Uma aposta assente na contemporaneidade do registo arquitetónico dos edifícios e da própria sustentabilidade construtiva com certificações energéticas A ou A+ e que são muito valorizadas pelos clientes da empresa.
“Os emigrantes foram e continuam a ser determinantes no desenvolvimento da Madeira e investem cá muito. E com o coração. E porque a Madeira tem turismo todo o ano, é muito equilibrado, temos também na ilha muitos estrangeiros que começaram por vir passar férias e acabam por comprar cá casa. Por exemplo, a Socicorreia começou a ter clientes franceses na Madeira muito antes de ser uma novidade em Portugal”, exemplificou ainda Custódio Correia.
220 milhões só na Madeira
O grupo tem 10 empresas que asseguraram todas as fases dos projetos, da construção à engenharia, passando pela promoção imobiliária e comercialização e até mesmo a decoração dos apartamentos, uma boa parte deles vendidos chave-na-mão.
Ao edifício que ficou agora terminado neste condomínio, o Século XXI 13 – o 13º de uma marca que já está espalhada não só pela Madeira mas também no Continente – seguir-se-á o Século XXI 14, numa 2ª fase, para conclusão no verão de 2020 com mais 36 apartamentos. As estas mais de 70 unidades irão juntar-se 19 frações, num terceiro edifício que terá também algumas lojas. Com tipologias a variar entre o T1 a T4, os preços das casas variam entre os 190 mil e os 520 mil euros.
O grupo está atualmente presente no Funchal, Lisboa, Braga e Ponta Delgada. Só na Madeira tem em curso projetos na ordem dos 220 milhões de euros para concretizar nos próximos 5 a 7 anos.