Os investidores já encontraram novas zonas para investir em promoção imobiliária, saturado (e especulado) que está o edificado no Chiado, Avenida da Liberdade ou Estrela. Agora, o interesse está a virar-se para bairros como o “Areeiro, Alvalade, Penha de França, Ajuda e Campolide que estão a emergir como novos pontos de interesse, registando os maiores crescimentos na transacção de prédios com 500 m2 ,entre o 2º trimestre de 2018 e o mesmo período de 2019 e com aumentos superiores a 50%”.
A análise é da Confidencial Imobiliário (a partir de dados de 17 freguesias centrais de Lisboa) que avança com um valor médio de 2.915 €/m2 para prédios com mais de 500 m2 em Lisboa e para o período acumulado de 12 meses até ao 2º trimestre de 2019 (incluído). Este valor representa uma evolução de 34% face aos 2.173 €/m² a que foram transacionados no 2º trimestre de 2018.
Campolide é a freguesia mais cara para este tipo de ativos, com as transações a registarem um preço médio de 4.246€/m², seguida por Belém com um preço de 4.071 €/m².
Destacam-se ainda Santo António, Santa Maria Maior e Estrela, onde os preços de venda de prédios se situaram, no período em análise, entre os 3.000 € e os 3.900 €/m².
O aumento de preços foi transversal a praticamente todas as freguesias, destacando-se, contudo, Alvalade, que atingiu os 2.542 €/m², e Alcântara, que transaciona a 2.394€/m², valores que comparam com os menos de 1.000 €/m² a que, em ambas as freguesias, se transacionavam tais ativos um ano antes.
Apesar destes novos focos de interesse que estão a surgir, as freguesias de Santo António, Arroios, Avenidas Novas, Santa Maria Maior e Estrela continuam a ser os principais destinos de investimento, com quotas de 14% a 9% das vendas de prédios desta dimensão no último ano.