Imagine que acorda num T1 mas à noite vai receber um numeroso grupo de amigos para um jantar e precisa de espaço para a socialização e assim, literalmente, num estalar de dedos, elimina a barreira do quarto e transforma toda a casa num generoso salão de festas.
Assim é o Young Urban Property (YUP), o novo projeto da Finangeste, nascido da criatividade de dois homens – do CEO deste fundo imobiliário, Paul Henri Schelfhout, que sonhou ter um projeto assim, e Eduardo Capinha Lopes, o arquiteto que materializou esse sonho desenhando um edifício onde os apartamentos têm paredes móveis que permitem a cada um dos futuros proprietários criar a casa à medida das suas necessidades do momento.
O projeto, que assenta num investimento de cerca de oito milhões, vai nascer em Lisboa, na zona do Campo Mártires da Pátria e a infraestruturação da obra está prestes a arrancar, prevendo-se que esteja concluída no primeiro semestre de 2022.
A partir de um antigo edifício de escritório, foram projetados 20 apartamentos de tipologias T1 e T2 e a áreas a variar entre os 66 e os 115 m2. A configuração tipológica de base não impõe, no entanto, limites à criatividade espacial dos futuros proprietários pois a possibilidade de deslocar as paredes interiores, feitas de painéis divisórios em madeira, permite compartimentar o espaço, ou pelo contrário, conquistar amplitude visual.
Paul Henri Schelfhout foi buscar inspiração a diversas fontes arquitetónicas desde os lofts novaiorquinos às minimalistas casas nipónicas e imaginou um espaço “dedicado à flexibilidade da vida das próximas gerações que não precisam de barreiras para serem felizes”, disse na apresentação do projeto aos jornalistas.
Ideias debatidas e colocadas em prática pelo arquiteto Eduardo Capinha Lopes, que assina o projeto que acabou por “sintetizar a ambição do conceito do promotor”.
“Na verdade, o projeto não está agarrado às tipologias e as casas devem ser lidas como volumes e não como plantas. Quisemos, acima de tudo, brincar com os espaços. Existem regras rígidas em relação aos WC e às cozinhas mas tudo o resto é oportunista”, explicou ainda o arquiteto.
“Lisboa está a mudar e isso nota-se na arquitetura que está a surgir e que abrange diversas soluções. Sejam casas para diplomatas, para a juventude tecnológica, para executivos de multinacionais, ou outro tipo de nicho. É este tipo de pensamento que deu origem a este produto”, reforçou, por seu turno, o CEO da Finangeste.
Para estimular a socialização dos futuros proprietários, sejam estes jovens de idade ou jovens de espírito, o YUP vai ter uma zona partilhada com um salão de festas, um ginásio e uma área de lavandaria. E mais uma novidade: o edifício vai ter uma loja no piso térreo cujos valores das rendas serão convertidos na sua totalidade para o condomínio.
Cabe agora à Porta da Frente/Christie’s, fazer a comercialização deste projeto que representa “uma ruptura com tudo o que tem sido feito até agora, dada a sua diferenciação e versatilidade”, rematou Rafael Ascenso, diretor-geral da Porta da Frente. Os preços começam nos 330 mil e vão até aos 750 mil euros.