Boa parte da zona ribeirinha de Lisboa esteve durante décadas inacessível às pessoas, pejada de contentores ou de edifícios devolutos mas a pouco e pouco a ligação ao rio volta a ser reatada.
O projeto Ocean Campus apresentado esta semana pela ministra do Mar e os presidentes da câmara de Lisboa e Oeiras, estende-se por 64 hectares, abrange a área entre Pedrouços e a Cruz Quebrada e é mais um passo para a recuperação da zona ribeirinha que lisboetas e turistas bem sabem apreciar como se pode ver pelas enchentes no miradouro do MAAT ou na praia urbana da Ribeira da Naus.
O Ocean Campus, ou a nova Expo como já é conhecido, vai implicar um investimento de 300 milhões de euros (219 milhões é capital privado, 76 milhões é público-privado e 5 milhões da parte do Estado) e, se tudo correr dentro do previsto, deverá estar totalmente terminada dentro de dez anos.
Mas por partes: a primeira fase vai decorrer nos próximos três anos vai implicar a construção de laboratórios do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), residências temporárias para investigadores, centros de investigação, a futura Marina de Pedrouços, novos restaurantes e edifícios empresariais. Aqui o investimento ronda os 118 milhões.
A segunda fase tem a conclusão prevista para 2026, um investimento de 152,2 milhões de euros e incidirá na edificação da Marina do Jamor, um hotel, um espaço empresarial e novos centros de investigação (junto à zona onde decorre o NOS Alive) e a Blue Business School, uma escola superior para cursos relacionados com as Ciências do Mar.
A maior fatia vai para a construção de um hotel privado (cerca de 38 milhões de euros) na Cruz Quebrada e de um Espaço Empresarial/Centro de Investigação também privado (cerca de 37 milhões de euros) logo a seguir à zona onde decorre o Nos Alive na direcção da foz do Jamor, ambos integrados na segunda fase do processo.
A última etapa, que tem um custo de 30 milhões, destina-se a acessibilidades e arranjos paisagísticos.