Paddy Cosgrave, o mentor e líder da Web Summit, passou a infância num ambiente rural. E como a maioria dos europeus, toma duas ou três refeições por dia. Estes dois fatores aliados às várias sugestões do pai chegaram bem para concluir que faz sentido criar um palco temático para debater as tecnologias da agricultura, numa próxima edição da feira de inovação e empreendedorismo. Mas esse desejo de Cosgrave ainda terá de esperar, confirmou esta quinta-feira o líder da Web Summit, na conferência de imprensa de fecho da Web Summit: «Estamos limitados em termos de espaço», lembrou o mentor da Web Summit.
Paddy Cosgrave admite que, na presente edição, a Web Summit alcançou «o pico» no que toca ao número de visitantes.
O mentor da Web Summit recorda que todos os eventos têm os seus limites, mas também prefere não se alongar muito sobre o aumento do número de visitantes previsto aquando da assinatura do acordo com o Governo Português, que prevê um investimento de 110 milhões de euros repartido por tranches anuais de 11 milhões durante 10 anos.
Durante o anúncio do acordo entre Portugal e Web Summit, foi apontado como objetivo levar a Web Summit chegar aos 140 mil visitantes. Na edição de 2018, esse objetivo fixou-se nos 70 mil visitantes.
Paddy Cosgrave acredita que o crescimento do número de visitantes poderá começar a produzir efeito a partir de 2020 ou 2021: «A cidade (de Lisboa) comprometeu-se», recordou Cosgrave numa alusão aos investimentos em infraestruturas e na remodelação que a FIL e o Altice Arena poderão ter de vir a registar.
Ainda no campo das projeções, Paddy Cosgrave admitiu poder vir a criar uma Wine Summit, e recordou que os vinhos portugueses estão subvalorizados, apesar da qualidade que têm na atualidade. O empresário irlandês apontou ainda o Vale do Douro como uma área geográfica que reúne condições para receber uma futura e ainda hipotética Wine Summit.