A High Dynamic Range, mais conhecido por HDR, é uma tecnologia que começa a marcar presença em várias televisões que estão à venda no mercado nacional. Contudo, importa fazer um ponto prévio e salientar que o conceito também pode ser aplicado à fotografia.
Dito de forma simples, podemos referir que o HDR para televisão permite expandir o rácio de contraste e a paleta de cores para dar origem a imagens mais naturais e realistas; enquanto que para fotografia combina múltiplas imagens com diferentes exposições para criar uma única imagem que simula um maior alcance dinâmico. Mantendo o foco nas TVs, o HDR significa que, na prática, conseguimos obter brancos mais brilhantes e pretos mais profundos, ou seja, obtém-se um espetro mais dinâmico.
Portanto, há dois aspetos técnicos que as televisões com HDR têm de cumprir: contraste e cor. O contraste refere-se à diferença entre luz e escuridão, pelo que importa ter em atenção a capacidade de brilho máximo e o nível de preto, sendo que ambos os parâmetros são medidos em nits, com a diferença entre eles a dar origem ao rácio de contraste.
Por sua vez, em termos de cor, sucintamente, a TV tem de ser capaz de processar a 10 bits, o que equivale a um sinal com mais de mil milhões de cores individuais – para comparação, refira-se que o Blu-ray usa 8 bits, o que se traduz em cerca de 16 milhões de cores diferentes. Na prática, obtém-se uma gradação de cor mais suave e cenas mais realistas. Mas atenção, não basta ter uma TV HDR para tirar proveito desta tecnologia, os conteúdos (filmes ou séries, por exemplo) também têm de suportar HDR.
Nota: Este conteúdo foi originalmente publicado na Exame Informática nº 251