O Ryzen chegou à sétima geração, baseado na arquitetura Zen 4, e testámos a versão topo de gama para PCs de secretária, o Ryzen 9 7950X. Trata-se de um ‘monstro’ com 16 núcleos físicos de processamento, que se transformam em 32 núcleos lógicos. De outro modo, este processador consegue executar 32 tarefas em simultâneo. É como se fosse 32 processadores num só e com uma frequência que pode ultrapassar os 5 GHz. Mas em que se traduzem este números?
Multitarefa, pois claro
As limitações relacionadas com a produção e consumo energético levaram, há vários anos, os fabricantes de processadores a optarem pelo aumento do número de núcleos de processamento em detrimento da subida da frequência. De outro modo, e simplificando bastante, a melhoria do desempenho deixou de ser conseguida, sobretudo, à custa da subida da velocidade de execução (a frequência) para passar ser feito através do aumento do número de tarefas que se conseguem realizar em simultâneo. O que levou à mudança do paradigma na forma como o software é desenvolvido. Os programadores tiveram de adaptar o código de modo a conseguirem dividir os trabalhos em tarefas. Claro que nem todos os trabalhos são fáceis de dividir. Curiosamente, os videojogos estão entre os tipos de software onde há mais dificuldades em fazer essa divisão. Curiosamente, porque muitas vezes se associa processadores topo de gama a PCs de gaming. Mas, na verdade, apesar de os jogos mais recentes já aproveitarem vários núcleos, os testes demonstram que só conseguem tirar partir de quatro a seis núcleos. Mais, ma maioria dos jogos, o funil está no processamento gráfico (placa gráfica). Tudo isto para dizer que o Ryzen 9 7950X não é a melhor opção para um PC de gaming. Para esta utilização, e considerando os novos chips da AMD, será preferível um Ryzen 7 7700X (oito núcleos) ou mesmo um Ryzen 5 7600X (seis núcleos). Poupará dinheiro que poderá usar para investir no restante sistema, nomeadamente na placa gráfica, para conseguir melhor desempenho nos jogos.
