Tradicionalmente, um mercado é um espaço físico onde se encontram fornecedores e compradores para a troca de bens. Historiadores consideram o mercado um conceito tão antigo quanto a própria troca de bens. Hoje em dia, algumas das maiores empresas do mundo são empresas que levaram este conceito para um espaço virtual. Criaram mercados online, globalmente acessíveis, aos quais frequentemente se refere pelo termo inglês ‘marketplaces’. Nos marketplaces, diversos negócios conseguem vender os seus produtos, fomentar as vendas e, com menos esforço publicitário, alcançar um público mais amplo. Como exemplos de marketplaces relevantes em Portugal podemos destacar a Amazon, OLX, eBay, Farfetch, Airbnb, Uber, entre inúmeras outras. Em 2020 a pandemia trouxe uma retração da maioria das indústrias, os hábitos de consumo alteraram-se e muitos negócios viram uma baixa drástica da sua procura. O impacto foi transversal e muitos donos de pequenas empresas, assim como muitos trabalhadores de empresas de todas as dimensões tiveram de se reinventar. Uma das formas encontradas para equilibrar as contas foi através da prestação de serviços avulso tais como a entrega de comida, serviços de limpeza, serviços de reparação, ensino remoto, entre outras. Estas experiências levaram muitas pessoas a ficarem abertas a aceitar este tipo de serviço, no entanto isso já era uma tendência que já vinha de trás.
Várias empresas já tinham identificado um crescimento na procura dos serviços de curta duração como uma crescente tendência de mercado. Plataformas de serviços gerais como a Zaask, TaskRabbit, Merytu, Upwork ou marketplaces de entrega de comida ao domicílio tais como a Uber Eats, Takeaway ou Glovo, inclusive marketplaces de entretenimento como o YouTube anteciparam esta tendência, permitindo às pessoas complementar o seu salário, ou até mudarem completamente de rumo. Algo que foi aumentado agora com a pandemia, no entanto é uma tendência crescente. Desta tendência resulta uma redução da distância entre quem procura um serviço e quem o fornece, entre o consumidor e o fornecedor final, tornando mais dinâmico o mercado de trabalho, e aumentando o leque de possibilidades de adaptação do estilo de vida a quem procura mudar. Estas plataformas tipicamente utilizam sistemas em que os consumidores conseguem avaliar a qualidade do serviço prestado e fazer recomendações públicas. Permitindo a quem entregue com boa qualidade, ter maior confiança de ter um fluxo contínuo de trabalho.
A aceleração da economia que foi trazida pelas startups fintech trouxe soluções de serviços financeiros mais rápidos e ágeis e está a permitir que exista uma “mercadificação” da economia, ou seja, empresas que não evoluam continuamente o seu valor acrescentado, além de encontrar trabalho para os seus trabalhadores sentirão cada vez maior pressão concorrencial dos marketplaces que forneçam serviços semelhantes. Por outro lado, muitas empresas que tinham unidades internas para realizar serviços secundários ao negócio, aumentaram o foco nos seus serviços principais passando a recorrer a marketplaces. Por exemplo, restaurantes e supermercados que antes, tinham contratado o seu próprio serviço de entrega ou, muitas das vezes nem tinham capacidade de fazer entregas, passaram a utilizar o serviço de entrega dos marketplaces, em que não os contratam, simplesmente utilizam quando é necessário e dessa forma beneficiam o consumidor com entregas feitas por um negócio que se especializa em o fazer. Na MagniFinance já há algum tempo que temos visto o aumento da procura por soluções para a implementação de negócios marketplace, no entanto, com o covid verificamos um crescimento dessa procura e procuramos adaptar-nos. Seja qual for o processo de faturação proposto, oferecemos a possibilidade de automatizar toda a faturação para qualquer tipo de negócio. Por exemplo, através da nossa vasta experiência com os diversos clientes marketplaces que utilizam a MagniFinance, como a Uber, desenvolvemos uma solução de faturação 360 totalmente inovadora, com elevados padrões de fiabilidade e qualidade, o IPPN (Invoicing Platform for Partners Network), que garante a capacidade de receber ou emitir centenas de milhares de faturas todos os dias. Para além da optimização de tempo, redução de erros, praticidade, visibilidade, diminuição de custos, notoriedade, a maturidade das pessoas e do serviço fornecido pelas empresas, a capacidade de entrega, a logística, tudo ajuda para que a experiência do consumidor seja satisfatória e para que ele regresse ao marketplace. Também têm um grande impacto gerado pelos marketplaces no índice de desemprego do país, que, segundo publicado pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) a 12 de maio de 2021 a taxa de desemprego relativa ao primeiro trimestre de 2021 em Portugal é de 7.1%, o que representa uma grande parte da população residente em Portugal empregada. De acordo com um estudo do Centro de Investigação da Comissão Europeia, mais de 10% da população adulta em Portugal já prestou algum serviço através de plataformas digitais, deste número, entre 2% a 4% têm esta profissão como principal fonte de rendimento.
Os marketplaces têm crescido constantemente, uma vez que oferecem a plataforma de vendas, muitas vezes como uma marca que já é registada e reconhecida por inúmeros clientes. Para além de poder aproveitar o “brand awareness” do marketplace no mercado, os fornecedores dos serviços podem utilizar esta estrutura pronta, para vender os seus produtos ou serviços e conquistar novos clientes, por vezes sem qualquer investimento a nível financeiro inicial, pelo que, na maioria dos casos o único valor cobrado é uma comissão sobre as vendas. O marketplace pode servir também como um canal de fidelização de clientes, com várias ferramentas para que as empresas se destaquem no seu serviço ou ações promocionais que trazem valor acrescentado à experiência do consumidor, como numa campanha de Black Friday por exemplo: nos marketplaces, milhares de empresas reduzem os preços dos produtos, eliminam a taxa de entrega, ou criam alguma ação promocional. Ao participar em campanhas como estas, surge a oportunidade de o cliente ter uma experiência positiva, e isso aumenta a probabilidade de fazer com que ele compre novamente. Grande parte das pessoas, passou a utilizar o marketplace como meio de compra de produtos e de contratação de serviços, e este tende a continuar a ser o cenário de um futuro, já com grandes empresas estabelecidas, mas ao mesmo tempo com muitas oportunidades ao alcance dos arrojados.