O mundo mudou. Vivemos numa era que está a gerar novos hábitos de consumo. O teletrabalho, o isolamento social e as situações de quarentena, motivadas pela COVID-19, levaram nas últimas semanas ao crescimento substancial do número total de acessos à internet e do consumo de conteúdos e serviços digitais, como jogos, música, notícias, aplicações e canais streaming. Veja-se o caso da Netflix que registou recentemente mais de 15 milhões de novos subscritores por causa das medidas de isolamento tomadas em todo o mundo para prevenir a propagação da pandemia e, entre janeiro e março, viu duplicar os resultados obtidos em relação ao período homólogo de 2019.
As recentes estatísticas são reveladoras de como esta área e o comércio eletrónico são alguns dos setores que mais verão um aumento da receita e de utilizadores como resultado da pandemia. Por exemplo, de acordo com as informações mais recentes da Data & Marketing Association (DMA), do Reino Unido, 51% dos consumidores agora assinam um serviço de streaming de TV / filmes, como Netflix e Amazon Prime Video e outros 12% expressam interesse em usá-los.
Com as políticas de autoisolamento no auge um pouco por todo o mundo, e em especial na Europa, há vários desafios que se colocam. É o caso do throughput (capacidade) e da latência (velocidade) nas aplicações de entretenimento, especialmente os de alta definição, e também nos meios de pagamento móveis. À medida que milhões de pessoas estão mais confinadas às suas casas, a oferta de conteúdos e dos respetivos meios de pagamento deve ter por base a garantia da segurança para todos os envolvidos neste processo, desde os proprietários de conteúdos às operadoras móveis, de forma a proporcionar as melhores experiências aos consumidores e em segurança. A este respeito estão a ganhar destaque as chamadas soluções de Direct Carrier Billing (DCB) – também conhecidas como Mobile Pay ou cobrança de conteúdos móveis –, um método de pagamento online cada vez mais rápido, seguro e eficaz e que permite que o utilizador pague um bem ou serviço a partir do saldo do telemóvel.
Se o DCB foi originalmente criado como uma forma de comprar toques para o telemóvel e imagens de fundo, cujo custo era adicionado à fatura mensal do utilizador ou descontado diretamente do saldo do telemóvel, hoje é sem dúvida muito mais do que isso, estando a ganhar terreno em muitos países como meio de pagamento conveniente e seguro para uma ampla diversidade de bens e serviços digitais. Os seus utilizadores estão a crescer em todo o mundo, estimando-se que o número duplique nos próximos 5 anos. No mercado já existem mais de 3 mil milhões de consumidores em cerca de 80 países, entre os quais Portugal. Por outro lado, em países da Europa Central/Oriental, apesar de os consumidores terem acesso a vários meios de pagamento, preferem pagar por DCB.
Este é um sinal claro de como os métodos de pagamento terão de estar cada vez mais ligados aos novos hábitos de consumo, proporcionando uma experiência de compra mais simples e rápida. Os resultados? Um aumento da taxa de conversão e da satisfação dos clientes, pelo facto de proporcionar uma experiência segura e ininterrupta ao utilizador.