O HarmonyOS foi lançado em dezembro para alguns smartphones em fase beta e já é possível ler uma análise, na publicação ArsTechnica. O jornalista Ron Amadeo questiona sobre se a Huawei vai conseguir, com este sistema operativo móvel, ter sucesso onde já falharam o Windows Phone, o BlackBerry 10, o Sailfish OS, o Ubuntu Touch, o Firefox OS, o Symbian, o MeeGo, o WebOS e o Tizen da Samsung. Apesar de a Huawei reafirmar em diferentes ocasiões, mais recentemente pela voz do presidente de software de consumo, Wang Chenglu, que o “HarmonyOS não é uma cópia do Android, nem é uma cópia do iOS”, as semelhanças são bastante evidentes.
“Qualquer pedaço de código [do HarmonyOS] que seja analisado em maior detalhe parece ser do Android, sem grandes alterações” escreve Amadeo. O experiente jornalista explica que, para se ter acesso de programador, é necessário um processo de verificação de antecedentes que demora dois dias e inclui o envio de cópias de passaporte, documentos de identificação e cartão de crédito para a Huawei. Em comparação, para o Android e para o iOS, em apenas alguns cliques é possível ter este tipo de acesso rapidamente.
Para correr a versão beta no emulador disponibilizado, a experiência é feita via streaming de um telefone que, presumivelmente, está na China, num sistema semelhante ao Google Stadia. Por fim, o sistema operativo móvel Harmony parece ser uma versão do Android 10, onde a expressão ‘Android’ foi procurada e substituída por ‘Harmony’.
Com mais de 1,4 mil milhões de cidadãos na China, o HarmonyOS vai conseguir ter muitos utilizadores certamente, mas restam dúvidas sobre se vai afastar-se definitivamente do Android e conseguir atrair também utilizadores noutras geografias.