Na sexta-feira passada, os alunos de uma Universidade no estado do Tennessee receberam uma comunicação da direção da escola a lamentar o tiroteio numa escola do Michigan, que matou três e feriu cinco pessoas. No entanto, a missiva terá sido escrita usando o algoritmo de geração de texto ChatGPT, numa iniciativa que já recebeu muitas críticas.
Segundo o Vanderbilt Hustler, na linha final do email podemos ler que “parafraseado do ChatGPT, modelo de linguagem da OpenAI, comunicação pessoal, 15 de fevereiro de 2023”.
Alguns dos alunos ouvidos pelo jornal afirmaram estar horrorizados e furiosos pela decisão da escola em usar um algoritmo para transmitir uma mensagem sobre um tiroteio. “Há algo doente e irónico em usar um computador para escrever uma mensagem sobre a comunidade e união porque parece que não estás para refletir sobre isso”, afirma Laith Kayat, que estuda nesta escola.
A administração da Universidade de Vanderbilt reconheceu o erro e rapidamente emitiu um pedido de desculpas pelo sucedido. “Como com as novas tecnologias que afetam a educação, este momento dá-nos uma oportunidade para refletir sobre o que sabemos e o que ainda temos de aprender sobre a IA”, escreveu Nicole Joseph, num email subsequente enviado à comunidade escolar.
Esta não é a primeira polémica ‘académica’ do ChatGPT: algumas escolas já proíbem a utilização do algoritmo, enquanto outras recomendam que o seu uso seja feito e integrado de forma cautelosa.