Pela primeira vez em 30 anos, há novos prefixos na tabela do Sistema Internacional de Unidades. Os novos termos foram aprovados para descrever os números extremamente grandes – ronna e quetta – ou extremamente pequenos – ronto e quecto –, na terminologia em inglês.
Até agora, o SI convencionou a utilização de sete unidades básicas de medição, como o metro, que pode ser modificado com prefixos como quilo ou mili, para descrever variações grandes ou pequenas desta unidade. Esta convenção tem os seus limites e para números extremos é comum usar-se a notação científica, como 109 ou 10-6 para descrever 1.000.000.000 ou 0,000001, respetivamente.
Atualmente, o limite de dados digitais criados é medido em zettabytes (21 zeros depois do primeiro dígito) e, para lá disso, existe o yottabyte ou 1024 (24 zeros depois do primeiro dígito).
No fim de semana passado, a General Conference on Weights and Measures votou favoravelmente à introdução de quatro novos prefixos: ronna para 1027 (27 zeros depois do primeiro dígito) e quetta para 1030 (30 zeros depois do primeiro dígito). Em sentido inverso, para números muito pequenos, também surgem novos nomes: ronto para 10-27 (27 zeros depois da casa decimal) e quecto para 10-30 (30 zeros depois da casa decimal).
A publicação New Atlas cita Richard Brown, responsável de metrologia no Laboratório Nacional de Física do Reino Unido, que explica que as letras R e Q foram as escolhas para definir os novos prefixos porque são as últimas letras do alfabeto que ainda não tinham sido usadas em prefixos. Segundo a mesma publicação, uma das primeiras utilizações expectável para os novos prefixos de números será na área dos dados digitais, que deverá traduzir-se no nascimento dos termos ronnabytes e quettabytes.
Veja o vídeo que descreve, em inglês, a utilização dos novos termos: