São múltiplas as fontes, incluindo o Washington Post, a CNBC e o The New York Times, que estão a relatar que uma das primeiras decisões de Elon Musk, após a confirmação da compra do Twitter, foi despedir uma parte importante da direção da empresa, a começar pelo líder, o CEO Parag Agrawal, e pelo responsável financeiro (CFO) Ned Segal.
A decisão talvez só surpreenda pela rapiddez com que foi tomada, já que era público que Musk não estava de acordo com a liderança do Twitter em muitos aspetos fundamentais. Algo que o líder da Tesla e SpaceX fez saber de forma evidente em vários posts no Twitter, onde nem faltaram emojis “de cocó” para referenciar Parag Agrawal.
Entre os despedimentos anunciados, talvez seja ainda mais revelador as dispensas do conselheiro geral Sean Edgett e de Vijaya Gadde, a líder das áreas de política legal, confiança e segurança. Estes eram os dois responsáveis máximos pelas políticas de moderação do Twitter que levaram, por exemplo, à expulsão de Donald Trump da plataforma, após ter publicado vários posts com informação objetivamente falsa.
Musk também tinha usado o Twitter para criticar as opções de Vijaya Gadde que levaram à referida expulsão do anterior presidente dos Estados Unidos.
Recorde-se que a chegada, em novembro de 2021, de Parag Agrawal à liderança do Twitter, em substituição do fundador Jack Dorsey, também levou a mudanças importantes na direção da empresa, incluindo a saída de executivos de referência como Dantley Davis (Chief Design Officer), Michael Montano (diretor de engenharia) e Rinki Sethi (diretor das áreas de segurança e informação). A confirmar-se a saída de Parag Agrawal, este terá ficado a alguns dias de completar um ano à frente dos destinos do Twitter.