Portugal está acima da média europeia no que toca à disponibilização de recursos humanos altamente qualificados, à atratividade do sistema de investigação, à digitalização e à utilização das tecnologias de informação. Este desempenho coloca o nosso país duas posições acima do que tinha sido registado em 2021 no European Innovation Scoreboard (EIS). Com um aumento de 6,4 pontos percentuais neste capítulo, entre 2015 e 2022, Portugal passa agora do 19º para 17º lugar.
“O país apresenta também valores acima da média da UE27 em indicadores como o nascimento de novas empresas, o total de atividade empreendedora, os fluxos líquidos de investimento direto estrangeiro (em percentagem do PIB) e os não-inovadores com potencial para inovar”, lê-se no comunicado de imprensa.
Em sentido contrário, apresenta uma performance abaixo de 80% da média europeia nas dimensões do investimento das empresas em inovação, registo de propriedade intelectual, impacto da inovação nas vendas das empresas e sustentabilidade ambiental.
As principais fraquezas registadas no sistema nacional de inovação prendem-se com as emissões atmosféricas por partículas finas, as despesas empresariais em inovação por pessoa ao serviço, a produtividade dos recursos consumidores e as PME que inovam de forma colaborativa. Joana Mendonça, da ANI, explica que “este resultado é ainda reflexo da revisão metodológica do EIS em 2021, na qual o número de indicadores considerados neste estudo passou de 26 para 32. Esta alteração explica porque Portugal desceu do grupo de países ‘Fortemente Inovadores’ em 2020 para ‘Inovadores Moderados’ em 2021.
O EIS é uma publicação anual que pretende medir e acompanhar o desempenho dos Estados-Membros em termos de inovação, demonstrando que o desempenho inovador da Europa vem melhorando desde 2015.