Uma equipa de investigadores avaliou as respostas de 39 mil jogadores e conclui que não há ligação entre passar-se mais tempo a jogar e sentir-se melhor. As razões para se jogar sim, têm influência no bem-estar. Os investigadores mediram o bem-estar com base nas respostas sobre satisfação com a vida e níveis de emoções como felicidade, tristeza, fúria ou frustração. As conclusões deste estudo, no entanto, contradizem as de outro anterior, de 2020.
A mesma equipa do Oxford Internet Institute concluiu na altura que, num grupo mais pequeno de jogadores, os que jogavam durante mais tempo eram os mais satisfeitos.
Agora, “contrariamente ao que se pode pensar sobre se os jogos são bons ou maus para nós, encontramos evidências bastante conclusivas que o quanto se joga não traz qualquer consequência ou mudança no nosso bem-estar (…) Se as pessoas estavam a jogar porque queriam, em vez de ser porque se sentiam obrigadas, então tenderam a sentir-se melhor”, explica Andrew Przybylski, professor que coordenou o estudo.
Sony, Microsoft e Nintendo contribuíram com as respostas autorizadas de 39 mil jogadores de Animal Crossing: New Horizons, Apex Legends, Eve Online, Forza Horizon 4, Gran Turismo Sport e The Crew 2, noticia a BBC.
Muitos jogadores, no entanto, defendem que jogar tem um papel importante na sua saúde mental. Mike Daily, que criou Lemmings e Grand Theft Auto considera que os benefícios são variados, mas que tudo se resume ao equilíbrio “se passarmos 24 horas por dia a jogar, isso não é bom – mas passar 24 horas por dia a comer ou fazer exercício físico também não é bom”.