Foi pelo Twitter que Bill Gates assumiu que tem uma “obrigação” para devolver os seus recursos à sociedade. Gates já se tinha comprometido em 2010 a doar parte da sua riqueza, mas o seu valor duplicou desde então para os 118 mil milhões de dólares. Agora, o fundador da Microsoft anuncia que vai fazer um donativo de 20 mil milhões para a Fundação que tem o seu nome e o da ex-mulher em julho.
Até 2026, Gates compromete-se também a aumentar o donativo anual de seis para nove mil milhões de dólares, justificando a ideia com os “atrasos globais”, incluindo a pandemia, a guerra na Ucrânia e a crise climática, noticia a BBC.
No Twitter, Gates escreveu que “à medida que olho para o futuro, planeio dar praticamente toda a minha riqueza à Fundação. Vou descer e eventualmente até sair da lista dos mais ricos do mundo”. O filantropo depois continua e exorta outros a seguirem o seu exemplo: “tenho a obrigação de devolver os meus recursos à sociedade de formas que tenham o maior impacto na redução do sofrimento e melhorem vidas. E espero que outros em posições de grande riqueza e privilégio também apareçam neste momento”.
A Fundação Bill e Melinda Gates era a segunda maior organização de caridade em 2020, com bens avaliados em mais de 49,8 mil milhões de dólares e conta com o apoio de muitos poderosos, como o investidor Warren Buffett. A organização é o maior doador privado para a Organização Mundial de Saúde.
A lista dos mais ricos já não é encabeçada por Bill Gates (que deteve o lugar entre 1995 e 2010 e depois entre 2013 e 2017), tendo sido liderada já por Jeff Bezos em 2017 e, mais recentemente, por Elon Musk.