Numa altura em que as organizações oficiais tentam estabelecer limites legais para o uso de tecnologias de reconhecimento facial, a Microsoft anunciou a intenção de colocar as suas próprias barreiras. A empresa de Redmond anunciou que vai deixar de comercializar a tecnologia que ‘adivinha’ emoções com base numa imagem de rosto e que vai deixar de dar acesso irrestrito à tecnologia de reconhecimento.
Sarah Bird, gestora de produto da Microsoft Azure AI, explica que “estes esforços levantaram questões importantes sobre a privacidade, a falta de consenso na definição de ‘emoção’ e na incapacidade para generalizar a ligação entre expressões faciais e estados emocionais entre casos, regiões e demografias”, cita a Reuters. Os clientes da Microsoft que já compraram a solução, vão ter um ano de acesso ainda aos sistemas que pretendem inferir emoções, género, idade, sorrisos, cabelos, pelos no rosto e maquilhagem a partir de imagens recolhidas por soluções de reconhecimento facial.
A empresa de Redmond explica que os clientes vão ter de obter uma aprovação agora antes de poder usar os serviços de reconhecimento facial e pede aos clientes que evitem situações em que violem a privacidade dos utilizadores ou que, por exemplo, identifiquem menores, embora estes cenários não tenham sido explicitamente proibidos.