Changpeng Zhao, diretor executivo (CEO) da Binance, mercado de compra e venda de criptomoedas, acaba de entrar na exclusiva lista de multimilionários da Bloomberg, com uma fortuna avaliada em 96 mil milhões de dólares, cerca de 84 mil milhões de euros ao câmbio atual. Esta avaliação não tem, no entanto, em conta o espólio pessoal de CZ em bitcoin e na criptomoeda proprietária da Binance, que agora vale 440 dólares (~ €390) e há um ano valia menos de 50 dólares (~ €44).
O executivo da Binance passa assim os seus congéneres empreendedores de criptomoedas da FTX (Sam Bankman-Fried que tem uma fortuna de 22,5 mil milhões de dólares) ou da Coinbase (Brian Armstrong, cuja fortuna é estimada em 9,6 mil milhões de dólares). Outro feito digno de nota é que esta fortuna faz com que CZ seja até mais rico do que o misterioso Satoshi Nakamoto, o criador anónimo da Bitcoin, que terá, em teoria, uma fortuna avaliada em 45,8 mil milhões de dólares, noticia a publicação especializada Decrypt.
A liderar o ranking dos mais ricos do mundo da Bloomberg estão os magnatas da tecnologia Elon Musk (264 mil milhões de dólares) e Jeff Bezos (188,4 mil milhões).
A Binance propriamente dita está também em altas, com receitas de 20 mil milhões de dólares em 2021, embora a empresa esteja cautelosa, lembrando em comunicado que o mercado “está sujeito a uma grande volatilidade. Qualquer número que se oiça num dia vai ser diferente do que se ouve no dia seguinte”.
Reguladores de vários países continuam também a dar indicações diferentes quanto à atuação da Binance nos seus países: Países Baixos e Japão publicaram alertas, Ilhas Caimão e Itália revelam que a empresa não tem licença para operar naqueles mercados e a Malásia considera mesmo ilegais as operações da empresa.
No final do ano passado, a empresa ainda estava à procura de um país para instalar a sua sede, com a Irlanda e o Dubai a surgirem como opções e, alguns dias antes do Natal, a ser assinado um memorando de entendimento com a Dubai World Trade Centre Authority, um documento orientador, mas que não tem força legal.