Nesta quinta-feira, 7 de outubro, vários motores de busca rivais do Google, pediram aos legisladores da União Europeia que implementem novas medidas contra a Alphabet, a empresa-mãe da Google.
Recorda-se que, em 2018, a Comissão Europeia aplicou uma multa de 4,24 mil milhões de euros à Google por usar o sistema operativo Android para consolidar, de forma injusta, o seu domínio enquanto motor de busca, ordenando que se privilegiassem condições de igualdade entre as empresas rivais. Nesta linha de pensamento, a Google afirmou, há cerca de quatro meses, que iria deixar os motores de busca rivais competirem de graça para serem o motor de busca padrão nos dispositivos Android na Europa.
Não conformados com as afirmações da empresa norte-americana os motor de pesquisa rivais DuckDuckGo (americano), Ecosia (alemão) e Qwant e Lilo (franceses) exigiram aos legiladores da União Europeia que implementassem novas regras no setor tecnológico elaboradas por Margrethe Vestager, Comissária Europeia para a Concorrência, de modo a assegurar a competitividade, refere a Reuters.
“Apesar das recentes mudanças, não acreditamos que a participação dos mercados mudará de forma significativa devido às limitações persistentes”, referiram os motores de pesquisa rivais numa carta conjunta aos legisladores do Parlamento Europeu. Reforçando ainda que o Digital Markets Act (DMA) regulador das plataformas online, deve permitir aos utilizadores escolherem o seu motor de pesquisa padrão ao configurar o dispositivo Android.
“O DMA deve consagrar em lei a exigência de um menu de preferência de motores de busca que efetivamente proíba o Google de adquirir pontos de acesso de busca padrão dos sistemas operacionais”, acrescentaram. Prevê-se que o DMA entre em vigor em 2023, após receber o consentimento por parte dos legisladores e países da União Europeia.