Uma atrás da outra, as três empresas do grupo Facebook tiveram de recorrer ao Twitter para confirmar, no fim de tarde de segunda-feira, que a sua plataforma estava em baixo, agradecer a paciência dos utilizadores e pedir desculpa pelos incómodos causados. O próprio CEO, Mark Zuckerberg, veio a público pedir desculpa pela interrupção, explicando que tal se deveu a um problema técnico. As causas do sucedido não são completamente claras, mas vão surgindo algumas explicações oficiais, bem como relatos do que poderá ter acontecido.
Além dos utilizadores individuais que usam as três plataformas para comunicar com amigos e família, também empresas que as usam para conduzir os seus negócios foram afetados por esta quebra. O próprio Zuckerberg viu as ações da empresa desvalorizarem cerca de seis mil milhões de dólares durante o dia, quase mil milhões por hora de falha.
O DownDetector mostra que foram reportados 10,6 milhões de problemas nas três plataformas, um número recorde desde que há registo, lembra a BBC.
A explicação oficial da Facebook é que durante um trabalho de manutenção de rotina, os engenheiros inseriram um comando que inadvertidamente desligou todas as ligações na sua rede, “efetivamente desligando os centros de dados da Facebook em todo o mundo”. O vice-presidente de infraestrutura, Santos Janardhan, complementa que a ferramenta de auditoria que poderia ter impedido esse comando apresentava um bug que o deixou ser executado.
De acordo com fontes próximas, o problema alastrou-se ao ponto de os funcionários deixarem de ter acesso ao seu correio eletrónico interno e mesmo acesso físico aos torniquetes dos edifícios. Alguns relatos revelam que o ambiente nos escritórios da sede estava um “caos” e que “mesmo as pessoas que estavam a tentar descobrir o problema”, não conseguiam entrar no edifício, conta Sheera Frenkel, jornalista especializada do New York Times.
A empresa reforça que não há evidências de que os dados dos utilizadores possam ter sido afetados durante este apagão e afirma que está a trabalhar na forma de tornar a sua infraestrutura mais resiliente, para evitar que este tipo de situações se repita.