A Nanoracks LLC e a Artemis Music Entertainment juntaram-se para enviar a música Clair de Lune, de Claude Debussy, para a Estação Espacial Internacional (ISS) e recebê-la de volta. O envio e receção aconteceram a 28 de julho, com a música a chegar ao módulo Bishop, enviado pela Nanoracks para a ISS em dezembro de 2020.
A versão ‘espacial’ da música foi tocada pelo pianista Wing-Chong Kam, de Hong Kong, a 19 de julho. A gravação esteve no espaço durante cerca de 90 minutos, completando uma órbita no processo e regressou à Terra, sendo aí certificada como NFT (um ativo não fungível).
O cofundador da Artemis Music, Bob Richards, afirma que “a perspetiva cósmica do espaço inspira uma mudança cognitiva nos humanos. Clair de Lune é talvez o mais próximo que temos de agitar as emoções de espanto e maravilha experienciadas pelos viajantes no espaço”.
A Artemis quer inaugurar a Space Network, a sua plataforma comercial baseada no espaço para música e conteúdos de entretenimento. Os mentores pretendem enviar música para o espaço e certificá-la como NFT para aumentar o seu valor. Se tudo correr como planeado, artistas, músicos e outros criativos vão usar a rede da Artemis para transmitir os seus trabalhos para o espaço e talvez até para a Lua ou Marte para os comercializar com valor acrescentado dessa forma, noticia a publicação Space.com.
Bob Richards complementa que “estamos a tentar fazer algo verdadeiramente genuíno, autêntico e que seja uma inspiração para músicos, artistas, criativos e pessoas que não se sentem ligadas ao espaço”.
Depois das viagens espaciais dos bilionários e da abertura do turismo espacial, é a vez da cultura também tentar explorar a ‘fronteira final’.
As duas empresas anunciam que os lucros da venda deste NFT vão ser usados para suportar artistas, criadores e jovens músicos.