Mais de 30 procuradores-gerais dos EUA apresentaram uma queixa coletiva contra a Google, acusando a gigante de ter tentado “esmagar” a loja de aplicações da Samsung, com o objetivo de evitar que esta rivalizasse com a Play Store. O processo diz que a política de abertura apregoada pela Google é uma fachada porque os consumidores ficam, tecnicamente, sem hipótese de escolher de onde querem as suas aplicações, uma vez que as práticas de negócio da empresa evitam que um concorrente viável surja no mercado.
Recorde-se que a Google sempre defendeu que, ao contrário da Apple e do iOS, permite que lojas de apps de rivais corram no Android. A queixa apresentada explica que a Google se sentiu ameaçada quando a Samsung começou a melhorar a Galaxy Store e descreve a abordagem da gigante tecnológica como uma tentativa de “esmagar antecipadamente” a rival, cita o The Verge.
Algumas das táticas descritas passam por usar acordos de partilha de receitas com fabricantes de telefones para os impedir de pré-instalar outras lojas de aplicações e que fez uma tentativa de pagar diretamente à Samsung para que esta deixasse de colaborar com programadores de topo e reduzisse assim a competitividade. É também mencionada uma estratégia de pagamento e incentivo aos programadores para os encorajar a não distribuir aplicações através de outras lojas que não a Play Store. Estas táticas terão sido aplicadas diretamente como resposta depois de a Epic Games ter decidido distribuir o Fortnite fora da Play Store.
“Para a Google, a competição na distribuição de apps é um vírus que deve ser eliminado”, lê-se na queixa.
A Google já reagiu a esta queixa através de Wilson White, que descreve-o como sendo um “processo sem mérito e que ignora a abertura do Android (…) Não impomos as mesmas restrições que outros sistemas operativos fazem”, reforçando ainda que os fabricantes e operadores têm a opção de pré-instalar outras lojas de aplicações e que “a maior parte” dos Android são disponibilizados com duas ou mais lojas de apps.