Nos últimos anos, Elon Musk tem repetidamente falhado o cumprimento das promessas de entregar um carro capaz de condução completamente autónoma – primeiro era suposto ter acontecido em 2018 e depois em 2019. Mais recentemente, o executivo tem-se comedido e refere apenas um sistema completo de funcionalidades (feature-complete) que precisa da atenção do condutor, mas que pode levar à autonomia total com dados que provem ser mais seguro do que a condução humana. Em outubro passado, a Tesla lançou o Full Self-Driving (FSD) Beta, um programa para apenas alguns carros selecionados. Desde então, foram lançadas várias atualizações e expandiu-se a base de utilizadores.
Agora, a grande meta é o FSD v9 Beta que tem vindo a ser prometido há algum tempo, com sistema de visão de computador que assenta completamente em câmaras e dispensa leituras de radar. No entanto, ao falhar sucessivamente as datas que vai anunciando no Twitter e noutros fóruns, Elon Musk tornou-se o alvo da comunidade que começa a ‘gozar’ com o executivo e a mostrar sinais de impaciência. A 22 de junho, Musk escreveu que o FSD v9 estaria a uma ou duas semanas de ser lançado e que traria “benefícios fundamentais imensos”.
O utilizador do Twitter Zack publicou uma mensagem na qual diz que mudou o nome do seu Tesla para ‘Two Weeks’ em referência à promessa de Musk.
O fundador da Tesla respondeu “Haha, o FSD 9 Beta vai ser lançada em breve, prometo! Condução autónoma generalizada é um problema difícil, uma vez que requer resolver grande parte dos problemas da Inteligência Artificial do mundo real. Não esperava que fosse tão difícil, mas as dificuldades, em retrospetiva, são óbvias. Nada tem mais degraus de liberdade do que a realidade”, cita a publicação Electrek.
Dada a complexidade do problema e a abordagem diferente que a Tesla está a fazer, face aos restantes players do segmento da condução autónoma, o não cumprimento das várias datas de lançamento anunciadas é visto por outro lado como algo expectável. A empresa conta com dados de mais um milhão de veículos que estão nas estradas e ativamente a enviar leituras e monitorizações que são processados pelas redes neurais de aprendizagem e que alimentam depois um sistema de visão de computador.