A Procon-SP acusa a Apple de “publicidade enganadora, vender um aparelho sem o carregador e termos injustos”. Esta é a base da decisão da multa de 10,5 milhões de reais, cerca de dois milhões de dólares, que foi aplicada à Apple pela estratégia de não incluir o carregador de bateria nos iPhone 12.
A entidade de defesa do consumidor já tinha questionado a Apple sobre esta prática em outubro e novembro e conclui agora que a empresa não consegue demonstrar o ganho ambiental com esta prática. A Procon-SP interrogou a Apple sobre qual a redução de preço do iPhone 12 depois de se ter retirado o carregador, qual o preço do smartphone com e sem o carregador e qual tinha sido a redução volume na produção de carregadores, noticia o 9to5mac.
A Apple é ainda acusada de “publicidade enganadora”, depois de terem surgido relatos de utilizadores do iPhone 11 Pro que não conseguiram reparar os seus aparelhos que apareceram com problemas relacionados com água; de “problemas de atualização do iOS”, com a empresa a não ter prestado auxílio a utilizadores que tiveram dificuldades depois de atualizar o sistema operativo; e de “termos injustos”, por estar a excluir-se das garantias legais e implícitas e contra defeitos escondidos ou não aparentes nos seus aparelhos.
A Apple não reagiu oficialmente a esta multa, mas o sistema legal ainda lhe permite o recurso, caso assim o entenda.