A missão Transporter-1 leva 10 satélites para a rede Starlink da SpaceX e mais de 130 outros para diferentes clientes, como a Planet (que opera uma constelação de satélites que captam imagens da Terra) ou o ICEYE (que desenvolve satélites com radar para monitorização do gelo e das inundações).
Apenas nove minutos depois de ter sido lançado, o primeiro módulo iniciou o seu processo de retorno para o oceano Atlântico para ser recolhido. O lançamento estava previsto para dezembro, mas complicações de última hora levaram ao adiamento para agora. O recorde anterior pertencia à indiana PSLV, que colocou 104 satélites no espaço, com um único lançamento, em 2017, lembra a CNN.
O projeto Transporter-1 faz parte de um programa de viagens partilhadas que a SpaceX anunciou em 2019, com a intenção de ter lançamentos regulares de carregamento e transporte de pequenos satélites para o espaço. Os smallsats, previstos neste programa, têm vindo a ganhar popularidade devido ao tamanho reduzido e por conseguirem incluir cada vez mais tecnologia avançada.
A vantagem do tamanho mais pequeno sido capitalizada pela indústria, com o surgimento de dezenas de empresas de foguetões a prometerem construir aparelhos que possam levar estes satélites para o espaço. Rocket Lab e Virgin Orbit, recorde-se, já começaram as suas operações comerciais.
A abordagem da SpaceX passa pela utilização do Falcon 9, um foguetão maior do que o destas duas empresas, mas que pode ser usado também para lançamentos de satélites mais pesados ou para levar a cápsula Dragon, que pode ser tripulada.
Este aumento de popularidade e com cada vez mais satélites no espaço, vários especialistas já expressam preocupação por estarmos a congestionar o espaço, aumentando as probabilidades de uma colisão acidental ou outros danos.