É conhecida a ambição de Paddy Cosgrave de transformar a Web Summit em Lisboa num evento para mais de 100 mil pessoas. Com o anúncio de que parte do evento será feito online, esse número é alcançável já este ano – mas quantas pessoas poderão estar no evento presencial? “Não vai ser definido por nós, vai ser definido pelos protocolos de saúde na altura”, referiu nesta quarta-feira numa conferência de imprensa online.
O responsável diz que o número de participantes presenciais só ficará definido em outubro, “tendo por base os protocolos de saúde”, voltou a reforçar, e que esse número será revisto todas as semanas, mediante a evolução das condições sobretudo associadas à pandemia da Covid-19. “ Não é uma questão que consigas responder a seis meses do evento, muito pode mudar”.
Apesar das dificuldades que se anteveem por causa das restrições que serão necessárias como resposta à contenção da propagação da Covid-19 num evento com milhares de pessoas, Paddy Cosgrave vê ainda assim a edição de 2020 da Web Summit como uma oportunidade para mostrar Portugal ao mundo – e não tanto Lisboa, como tem sido o foco das edições até agora realizadas em Portugal.
“O que estou muito interessado em fazer não é apenas criar um estúdio na Altice Arena [em Lisboa], mas fazer noutras cidades em Portugal. Queremos ir ao Porto, Coimbra, Faro, fazer algo simultâneo em Portugal e partilhar Portugal com o mundo. O mundo deve saber que há mais em Portugal do que Lisboa. Tem ilhas maravilhosas também”, sublinhou o responsável.
Já quanto à mostra de startups, um dos principais elementos da Web Summit enquanto conferência tecnológica, haverá a possibilidade de serem marcadas reuniões e encontros online, com jornalistas, investidores e outros participantes, e o CEO garante mesmo que na Collision Conference, evento na qual a empresa está a testar um sistema de videoconferência, “há mais reuniões a acontecer e o rácio de reuniões aumentou”.