Que a COVID-19 vai ter impactos económicos, não há dúvidas. A consultora IDC calcula que o segmento dos smartphones registe uma quebra de 12% este ano, fruto das dificuldades das marcas em produzir e da redução de interesse ou baixa capacidade de compra dos consumidores.
“As estratégias de confinamento e o aumento do desemprego reduziram a confiança dos consumidores que reprioritizaram o seu poder de compra para bens essenciais, o que afeta o segmento dos smartphones no curto prazo”, escreve Sangeetika Srivastava, analista sénior da IDC, citada na Reuters.
A estratégia da Apple, que foi obrigada a fechar lojas em todo o mundo, passou por descontos em alguns modelos e o lançamento de um modelo SE de custo mais baixo, para tentar ainda agradar a alguns consumidores.
Em sinal de melhora potencial, os envios das fábricas da China para os vendedores aumentaram 17% em abril, face ao mesmo período do ano passado, o que sugere que há ainda alguns indicadores de retoma. Na China, onde a economia está a reabrir, a IDC estima que haja uma redução inferior a 10%.
O lançamento do 5G também é apontado pelos analistas como sendo uma potencial alavanca para o segmento, embora o crescimento só deva voltar mesmo no primeiro trimestre de 2021.