A Nos, a Meo e a Vodafone enviaram esta sexta-feira um conjunto de propostas para o Govermo com o objetivo de minimizar o impacto do isolamento social motivado pela Covid-19 nas redes de telecomunicações. Entre o pacote de medidas anunciadas, destaca-se a promessa de reforço das redes e serviços que suportam as “funções críticas do Estado”. Os três operadores alertam ainda para as tentativas de fraude que já começaram a ser lançadas junto da população, com o objetivo de explorar o atual cenário de pandemia.
“Nenhum destes operadores realizará visitas presenciais, de sua iniciativa, sem um pedido prévio de assistência por parte do cliente”, informam Meo, Nos e Vodafone, para depois esclarecer que só por questões relacionadas com falhas técnica, que são precedidas do indispensável pedido do cliente, é que haverá piquetes, devidamente identificados com cartões dos operadores, a deslocar-se às casas dos consumidores.
Fora do segmento residencial, foram tomadas medidas diferentes: “Os operadores irão assegurar que as funções críticas do Estado mantêm total conetividade, promovendo um reforço de rede onde ele seja mais necessário, e mantendo um diálogo próximo com o Governo, no sentido de em tempo real manter e reforçar essa conetividade dentro dos condicionalismos existentes”, informam os três maiores operadores nacionais no comunicado conjunto.
Noutro ponto, os operadores informam ainda que têm vindo a tomar medidas para garantir que a qualidade dos serviços domésticos não se ressente com a migração em massa de utilizadores das redes de empresas, organizações estatais e escolas para um regime de quarentena. Apesar dessas medidas, Nos, Meo e Vodafone apelam a uma “utilização responsável” das redes de telecomunicações.
“As redes já estão dimensionadas para suportar as horas de pico e também estão preparadas para responder a um acréscimo de tráfego, nomeadamente residencial, mas é essencial realizar uma utilização responsável da Internet e de acordo com as melhores práticas, de modo a prevenir eventuais congestionamentos das redes e a perturbação dos serviços de comunicações eletrónicas essenciais para as comunicações interpessoais (voz e SMS), para o ensino e trabalho à distância”, referem os operadores.
Os operadores informam ainda que procederam à “suspensão de toda a atividade comercial presencial”, e reduziram horários de atendimento ao público, medidas de racionalização das lojas que têm de se manter abertas, rotação de pessoal, entre outras medidas.
As três conhecidas marcas de telecomunicações incentivam as outras empresas a aderirem ao teletrabalho com a “adoção de sistemas de VPN (redes privadas virtuais) para garantir o acesso remoto dos colaboradores aos sistemas das empresas”, distribuição de portáteis e acessos à Net aos colaboradores, e o uso de plataformas de partilha de informação e videoconferência.