O Shin Bet, força de segurança interna israelita, conseguiu autorização para monitorizar os telemóveis dos cidadãos de forma a conseguir saber com quem é que cada infetado com o novo coronavírus terá contactado. Esta informação será depois usada para aumentar o combate ao surto. O plano já tinha sido anunciado há alguns dias, mas só agora foi aprovado pelo governo e sem ter passado pela legislatura local. Ao abrigo desta aprovação, o Shin Bet pode pedir os dados de localização sem qualquer autorização judicial.
Os dados podem ser mantidos até às regulamentações atuais expirarem e o Ministério da Saúde israelita poderá guardar os dados de localização até 60 dias depois. Segundo a agência nacional Haaretz, a regulamentação em vigor pode ainda ser renovada.
O primeiro ministro Benjamin Netanyahu já tinha indicado que o pedido do Shin Bet seria aprovado e reforçou que “temos de manter o equilíbrio entre os direitos dos indivíduos e as necessidades da sociedade global. É isso que estamos a fazer”, refere a Cnet.
As autoridades vão usar os dados de localização para informar as pessoas caso tenham estado em contacto com alguém que tenha contraído Covid-19. A agência vai ter acesso a este tipo de dados até duas semanas antes de o caso ser confirmado como positivo.
Nadav Argaman, do Shin Bet, explica que as outras agências não têm os meios tecnológicos para este esforço e que está ciente da sensibilidade do tema, pelo que apenas um número muito restrito de agentes vai ter acesso aos dados e estes não vão ser guardados na base de dados interna do grupo.