Entre 2017 e 2018, a Uber registou 5981 denúncias relativas a abusos sexuais nos veículos geridos pela versão da plataforma disponibilizada nos EUA. Nos números apurados pela plataforma de reserva de viagens urbanas, estão contabilizados 235 casos de violação.
A Uber reitera que o relatório é uma prova do compromisso assumido na melhoria das condições de segurança, e lembra ainda que os números revelam uma redução de 16% proporcionalmente ao total de casos de agressão sexual registados nos dois anos anteriores a 2017. Segundo os cálculos da mais famosa das startups, 99,9% das viagens efetuadas nos EUA não tiveram quaisquer incidentes relacionados com segurança.
É a primeira vez que a Uber revela os dados de denúncias relacionadas com abusos sexuais. A empresa informa ainda que, de ora em diante, pretende passar a publicar relatórios sobre esta matéria a cada par de anos. Desconhece-se se a mesma iniciativa vai produzir efeitos igualmente noutros países em que a plataforma opera.
«A maioria das empresas não fala sobre problemas, como a violência sexual, porque ao fazê-lo está incentiva títulos de jornal negativos e a crítica pública. Mas nós achamos que é tempo de ter uma nova abordagem», refere Tony West, diretor jurídico da Uber, citado pela BBC.