O Apple Maps e o Apple Weather usados em solo russo listam a Crimeia como território da Rússia, no exemplo mais recente de que a Apple cedeu às pressões vindas de um governo. A Apple enfrentou críticais também em outubro por ter removido a bandeira de Taiwan nos emojis do teclado iOS em Hong Kong.
Agora, a empresa liderada por Tim Cook ajustou a visualização da Crimeia quando feita na Rússia, refletindo a ação unilateral de anexação levada a cabo pelo governo de Putin em 2014. A BBC noticia que a Apple tem estado em conversas com a Rússia há meses sobre o assunto e sugeria deixar a Crimeia como território indefinido, algo com que os russos não terão concordado. As autoridades russas emitiram um comunicado dizendo que a «inexatidão» da marcação da Crimeia e de Sevastopol foi «finalmente removida» e a explicar que a Apple Maps e a Apple Weather estão de acordo com os requisitos da legislação russa.
No passado, Tim Cook já tinha defendido que «cada país no mundo decide as suas leis e regulamentações. Assim, a decisão que temos de tomar é se participamos ou ficamos de lado a gritar como as coisas deviam ser? A minha perspetiva é de que devemos aparecer e particpar. Entrar na arena, porque nada muda quando se está na linha lateral». No início deste mês, o CEO da Apple afirmou que a empresa não sofreu pressões da China, pelo que resta perceber porque foi tomada a decisão de remover a bandeira de Taiwan.