A SK Innovation estreou, em março, uma fábrica de 1,7 mil milhões de dólares na Georgia, a 200 quilómetros da fábrica da Volkswagen em Chattanooga, nos EUA. Este investimento surge depois de a fabricante coreana ter conseguido o contrato para fornecimento de baterias para a VW, batendo a concorrente rival LG Chem. Além da perda do contrato multimilionário, a LG Chem viu ainda a saída de 77 funcionários para a SKI. Agora, ambas as empresas estão envolvidas em batalhas legais nos EUA, acusando-se mutuamente de infração de patentes e de roubo de segredos comerciais.
A Reuters consultou documentos judiciais que mostram que ambas as empresas estão a tentar impedir a outra de importar e vender baterias para os VW, mas também para veículos de outras marcas, como o Bolt da GM, as carrinhas da Ford, os I-Pace da Jaguar, o e-tron da Audi ou o Niro da Kia.
Alguns especialistas vaticinam que quem quer que perca a batalha, vai sofrer um golpe fatal, a não ser que cheguem a um acordo. Isto vai também ser um revés para os fabricantes automóveis. O segmento das baterias deve crescer 23% por ano para chegar aos 167 mil milhões de dólares em 2025.
A Volkswagen revelou preocupação de que não haja baterias suficientes para todos os veículos elétricos que pretende produzir nos próximos cinco anos. A fabricante receia não haver capacidade por parte de fabricantes como a LGC ou a CATL para fornecer trabalhadores especializados para as novas fábricas da Europa aumentarem a sua produção rapidamente.
A SKI diz que não está a prever alterar os seus planos para a fábrica e prevê produzir baterias para mais de 200 mil veículos elétricos por ano.
A dureza desta batalha está a preocupar o governo da Coreia do Sul, que receia o impacto na reputação das firmas e a potencial perda para outros fabricantes. Vários especialistas pediram já a intervenção estatal, com o ministro da Indústria Sung Yoon-mo a dizer que está a observar de perto o caso para decidir se e quando poderia ter um papel mais ativo na procura de uma solução.