A China criou formalmente um novo fundo de investimento, com 29 mil milhões de dólares, cerca de 26,1 mil milhões de euros, para investir na indústria e na criação de microprocessadores. O objetivo é reduzir a dependência do país relativamente a tecnologia norte-americana na produção de chips.
De acordo com a agência Bloomberg, a maior parte do dinheiro do fundo vem do governo chinês e de entidades detidas pelo estado, com o Ministério das Finanças a ter investido 2,8 mil milhões de euros e o Banco de Desenvolvimento da China a “entrar” com uma quantia semelhante. Ao todo, o fundo foi constituído com o capital de 27 entidades.
A criação do fundo justifica-se com a vontade da China em querer reduzir o défice comercial no segmento dos microprocessadores: anualmente o país importa cerca de 180 mil milhões de euros em produtos e tecnologias relacionadas com este sector.
Ao impulsionar o desenvolvimento desta indústria, a China quer ter maior autonomia na cadeia de produção de processadores, desde o design da arquitetura até ao processo de fabrico. O dinheiro servirá para estimular a criação de chips para diferentes equipamentos eletrónicos, desde smartphones a servidores.
O anúncio do fundo de investimento chinês acontece numa altura em que o país asiático está em “guerra comercial” com os EUA. Recentemente, os norte-americanos acrescentaram mais 28 empresas chinesas à lista “negra” de comércio, que já incluía e continua a incluir a Huawei, a segunda maior vendedora de smartphones a nível global.