O governo chinês lançou esta segunda-feira um satélite para a órbita da Terra com o objetivo de consolidar o sistema de navegação global Beidou. De acordo com a SpaceNews, a missão chinesa foi bem sucedida, tendo sido dado como concluída uma hora após a descolagem. Este foi o 21º satélite Beidou-3 a ser enviado para o Espaço, sendo que foi o segundo a ser colocado numa órbita geossíncrona, ou por outras palavras, que acompanha a rotação do planeta Terra numa inclinação especial.
O objetivo principal do governo chinês é transformar a rede de satélite, que atualmente é um serviço regional, numa ferramenta utilizável à escala global. O mais recente satélite colocado em órbita será capaz de estabelecer uma ligação entre satélites, o que permite a adoção das capacidades uns dos outros, nomeadamente, de um relógio atómico de rubídio e de um relógio passivo de hidrogénio maser.
Ao todo, em breve, estarão 27 satélites em órbitas terrestres médias, cinco em órbitas geoestacionárias e três em órbitas geossíncronas. De acordo com a SpaceNews, a par de fortalecerem a cobertura de rede na China e países vizinhos, este sistema poderá prestar auxílio em vários setores, tais como, a segurança pública, transportes, pesca, setor energético, proteção florestal, deteção de desastres, entre outros.
O sistema Beidou pode também ser um utensílio muito útil para as Forças Armadas chinesas, nomeadamente, para orientação, armamento e outros serviços militares. A mesma publicação sublinha que até 2020 a China conta ter a constelação de satélites Beidou completa para poder monitorizar com detalhe o posicionamento, navegação e tempo. Na Terra, o governo chinês tem já instaladas 20 bases espalhadas pelo mundo, para fortalecer e avaliar o desempenho dos satélites.