A companhia energética Total tem um supercomputador, o Pangea III, capaz de encontrar fontes de petróleo mais rápido, de forma mais barata e com uma taxa de sucesso maior. À Reuters, a empresa explicou esta terça-feira que o aparelho foi desenvolvido pela IBM e tem a função de interpretar de forma rápida informação sísmica na procura de hidrocarbonetos.
De acordo com o site TOP500, o Pangea III é um supercomputador com um poder de computação equivalente a 170 mil computadores portáteis e é atualmente o computador desta natureza mais poderoso no setor energético.
A agência de comunicação avança que, embora a Total não tenha revelado o valor do investimento, as companhias energéticas e outros grupos industriais estão cada vez mais a apoiar-se em computadores desta tipo, de forma a aumentarem a produtividade e taxas de sucesso dos projetos.
Kevin McLachlan, vice-presidente da companhia energética, contou que 80% das funcionalidades do supercomputador serão dedicadas à análise de imagens sísmicas.
«Os processos foram agilizados», disse, «estamos a desenvolver algoritmos complexos para descodificar imagens destes domínios complexos (…) o Pangea III vai deixar-nos completar o processo 10 vezes mais rápido do que conseguíamos antes», concluiu.
À Reuters, a empresa contou que este aparelho vai também diminuir fortemente os custos, bem como tornará possível estudar zonas mais complexas para encontrar poços de petróleo, nomeadamente, no Brasil, Golfo do México, Angola e no Mediterrâneo.