A Vainu conta com a mão de obra de reclusos de duas prisões da Finlândia para treinar e aprimorar os seus algoritmos de Inteligência Artificial. Os prisioneiros destas duas instalações ajudam a classificar dados como parte do seu trabalho prisional. A startup quer construir uma base de dados de empresas em todo o mundo que ajude os negócios a encontrar potenciais fornecedores ou parceiros. O trabalho passa por ler artigos online e classificar o tipo de referências que aí são feitas em finlandês. Para os textos em inglês, a empresa usa uma conta Amazon Mechanical Tuk e consegue distinguir se Apple num artigo se refere à empresa ou ao fruto.
A parceria surgiu porque a sede da Vainu é no mesmo edifício onde está situado a Criminal Sanctions Agency, a entidade que regula as prisões na Finlândia. Ao abrigo do acordo, a empresa enviou dez computadores para a prisão de Helsínquia e para a de Turku e paga à CSA pelo trabalho que é feito pelos reclusos, noticia o The Verge. A distribuição para cada prisioneiro é feita pela agência.
Os dados da startup motram que há cerca de cem prisioneiros a fazer este tipo de trabalho, durante poucas horas por dia. Do lado das autoridades, a ideia foi bem recebida, uma vez que a natureza das funções é pacífica e não fomenta violência, nem traz risco.
O programa ajuda ainda a desenvolver as capacidades de trabalho dos reclusos, ajudando possivelmente à reinserção social.