Meng Wanzhou disponibilizou-se a usar pulseira eletrónica e pagar pela sua própria vigilância 24 horas por dia, recorrendo a empresas de segurança privada. O juiz acedeu, mas estabeleceu outras condições. A CFO terá de pagar ainda cinco milhões de dólares em dinheiro, respeitar um recolher obrigatório entre as 23 e as 6 horas da manhã e ainda entregar todos os seus passaportes. A próxima audiência está marcada para 6 de fevereiro, noticia o Quartz. O juiz considera que o risco de fuga pode ser reduzido a nível considerável se forem impostas estas condições de vigilância.
Meng é filha do fundador da Huawei, Ren Zhengfei, e foi promovida a vice-presidente este ano. A sua detenção no Canadá marca mais um capítulo na relação complicada entre Pequim, Washington e Otava. A notícia da libertação surge no mesmo dia que a China detem um diplomata canadiano e ameaça com represálias.
Espera-se agora que os EUA entreguem a documentação necessária para pedir a extradição da CFO da Huawei. A executiva é suspeita de ter mentido a vários bancos sobre uma subsidiária da Huawei para conseguir obter acesso ao mercado iraniano entre 2009 e 2014, violando as sanções impostas pelos EUA.